quinta-feira, 18 de julho de 2013

Tower of London

Em resumo: Castelo medieval com ponte levadiça. Pra atravessar fosso infestado de crocodilos.
Quer dizer, os cocrodilos foram invenção da minha cabeça. Quer dizer, isso tudo era antigamente, que já não existe nem fosso nem ponte.


Vamos começar do começo:  a Torre de Londres não é uma única torre. São 1, 2, 3...várias. A principal é a Norman White Tower, que foi construída num passado muito muito distante por "Willian, o conquistador", primeiro rei normando da Inglaterra. Servia pra acolher os normandos, que afinal, eram invasores em terras hostis. E pra proteger a cidade de outros invasores. Já dizia o ditado: Invasor que invade invasor...
Em volta da Torre Branca tem um muro, cheio de torres de observação. E em volta deste muro, tem outro muro cheio de... torres de observação. Era muito medinho!!! Não passava uma agulha!
Na bagunça, não consigo situar com exatidão o fosso e a ponte levadiça. Mas não importa, ambos só foram construídos na época do "Ricardo, coração de leão", o rei que se interessava mais pelas cruzadas, que pelo país.

simulação do quarto do rei.

Intaum que, o lugar já foi utilizado pela monarquia britânica de várias formas. O pátio, por exemplo, já foi palco de uma série de execuções. Entre elas, de duas das mulheres do Rei Henrique VIII: Ana Bolena e Joan Grey. Dizem (que o povo fala muito) que o fantasma da Ana Bolena assombra vez em quando, perambulando com a cabeça debaixo do braço.
Também já serviu como prisão pra gente importante, tipo a rainha Elizabeth I (antes de ser rainha, como é óbvio), e os "Príncipes da Torre" (mortos a mando de Ricardo III, segundo consta na obra do Shakespeare). Já foi palácio medieval, casa da moeda, zoológico...

Isso tudo foi só pra criar um contexto, tá?

traitors gate

Enquanto ponto turístico, a Torre de Londres é atração pra tarde toda. Porque a área é grande, é gostosa de explorar devagarinho, imaginado o que aconteceu em cada ponto. E também porque cada torre virou um museu.

O mais procurado é o que guarda as "jóias da coroa". E por isso tem filas. Só pra expôr minha opinião, afinal o blog é meu (tá?), achei uma mega enrolação. Há que vadiar por meia dúzia de salas, cujo conteúdo é única e exclusivamente "uma frase histórica adesivada na parede", até finalmente chegar nas coroas per se. Daí, gente inocente pensa: Agora vou olhar joinha por joinha, tim tim por tim tim, como se não houvesse amanhã. Mas não rola! Essa parte da visita é obrigatoriamente vapt-vupt, porque acontece de cima de uma esteira rolante. Sem chance de repeteco! Frustante nível máximo! Mesmo que as bunitas sejam brilhantes de cegar, cravejadas de diamantes vindos sob encomenda diretamente de Cripton...

Outra que tem fila e não vale o esforço, é a torre de tortura, que mostra exatamente três instrumentos do mal, todos envitrinados... de longe. Sem graça, caras... sem graça.

O resto, o sea, o que não tem fila, é mór legal! E sim, é caro, tem atração pega-turista, mas muito recomendo!


Curiosidade: Desde sempre existiram corvos passeando ali pelas torres. Corvo é um pássaro preto e grande, primo do urubu, só que mais bonitinho. Conta a lenda que "no dia em que os corvos partirem, será o fim da monarquia". É tanto medinho que, hoje em dia, eles ficam em viveiro com a asa cortadinha, e são chamados de "corvos reais". Ironicamente, o rei que decretou isso de manter permanentemente os bichinhos por ali, foi Charles I, que morreu via decapitação bem ao estilinho revolução francesa.  

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