terça-feira, 2 de abril de 2013

Convent Garden Market

Complicado descrever lugares, porque eles são muito mais aquilo que a gente sente, do que o que a gente vê. E o meu sentimento pode ser diferente do seu. Pode ter adjetivos que não combinam.
Mesmo assim eu vou tentar explicar o que é Covent Garden. Na minha concepção.


Na minha concepção o Convent Garden Market é um parque de diversões para adultos. É também um lugar cheio de história. É também um lugar super atual. É elegante feito um clássico! É tudo isso e mais alguma coisa.

História (se não estiver interessado, é só pular o quadradão de texto):
Era uma vez um convento de monges com um jardim tão grande, tão grande que resolveram organizar uma feira agrícola dentro dele. Taí o nome Convent Garden. Isso foi no século XIII (nem sua tatatatataravó era nascida). Mais tarde, Inigo Jones, praticamente o primeiro arquiteto inglês, foi contratado pra urbanizar a área. Ele vinha de férias da Itália, tava todo mal influenciado, e acabou construindo uma Piazza, de onde saiam várias ruas organizadinhas. Tava feito o atual Market. Isso foi em 1630. Uma década depois, o lugar tava em alta, bombando de boêmios, escritores, artistas e o resto do pacote. Até hoje a área é lotada de casas de espetáculos, tipo o Royal Opera House. A igrejinha da praça, St Paul's Church, é conhecida como "Igreja dos Atores".
Em 1666, repara, o ano da besta (uix!), aconteceu o "Grande Incêndio de Londres", uma tragédia parecida com o tsuname na Tailândia, só que com fogo ao invés de água. Praticamente tudo ardeu! Tu-do!
Menos o Convent Garden Market. Azar de uns, sorte de outros, o mercado acabou virando o principal de toda a capital. O que também é uma faca de dois legumes, porque tanta popularidade tornou-o mal frequentadinho. Os ricos se mudaram, as mocinhas de vida nada fácil se instalaram... E o mercado foi crescendo, crescendo e absorvendo.
Em 1974, exacto, já no século XX, o tão famoso mercado de flores, frutas e verduras fechou. Whaaat? Pois... já não comportava tanta gente, tava muito muvucado e o governo resolveu transportar pra outro lado (tal qual aconteceu com o Roque Santeiro lá nazAngola). A idéia era pôr tudo abaixo e construir avenidonas-mil-faixas no lugar.
Mas como, xente? Como destruir assim, sem mais nem menos, anos de história? Praticamente um sítio arqueológico, só que, sem ser arqueológico? Foi o que os entusiastas do local debateram, discutiram, abaixo-assinaram até que convenceram quem mandava na bagaça que mais valia modernizar e relançar a feira com um novo conceito. Foi assim que, em 1980, o melhor ano pelo qual a Terra já passou (né?), o mercado foi reinaugurado enquanto Shopping Aberto.
The end!



Eu coloquei a palavra shopping ali, mas nem pense em imaginar o West Plaza podrinho e claustrofóbico. Nem o El Corte Inglês. Nem qualquer outro shopping no sentido real da palavra. O Convent Garden é um mercadão aberto e elegante, no meio de uma praça charmosa, que concentra lojas e restaurante, claro, mas também artistas itinerantes, mostras culturais, barraquinhas de artesanato....
Entre as lojas mais queridinhas (na minha concepção, a quem interessar possa) estão: Ladurée (dos macarrons doces), Pylones (das mil e uma formas de tornar sua casa engraçada com apetrechos úteis e inúteis), Sass & Belle (trequinhos pra decoração romântica-rústica-vintage), Candy Cakes (de cupcakes) e, finalmente, o meu preferido dos preferidos, Creme de La Crepe, com sua decoração de caverninha rosa e branca, e o de-li-ci-o-so crepe de queijo de cabra com rúcula e cebola caramelizada. Ai, ai... deu água na boca!

Pra quem ainda não sentiu tentação de conhecer, tem também loja da Apple, tá?


4 comentários:

  1. A-DO-RO esse lugar!
    Ainda não conheço a creperia, mas já está anotado! ;-)

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  2. Ainda bem que conservaram um local tão bacana com tanta opção de entretenimento. Já pondo o lugar na lista Tenho de Ir!
    Bjs.

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