sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Walk Tour em Curitiba

Quem acompanha o blog (alguém? alguém?) sabe que não sou de ficar falando da vida pessoal. Solto aí dicas de viagens, curiosidades sobre Angola, que é pra isso que ele serve. Mas hoje eu vou dizer que do mês passado pra cá, aconteceram umas coisas que me deixaram meio baralhada, assim, sem saber das cenas dos próximos capítulos da minha pórpia vida. E eu só to escrevendo tudo isso que é pra dar uma explicação do sumiço geral. A quem interessar possa.
Sem mais aclarações, voltemos ao tema anterior: Eu nasci assim, eu cresci assim, e sou mesmo assim...

Eu tava falando de Curitiba, aquela cidadezim lindi-Deus, que tinha mania de ser européia, e eu bem achava que era (antes de conhecer um pouco dazoropa – há). Fui lá que eu virei gente. Fiz faculdade, arrumei o primeiro emprego, fui morar sozinha pela primeira vez, tive o primeiro namorado (e tudo que ele trouxe no pacote-há).

Deixa, né? Que tem um gordinho de amarelo na foto.

Como ex-moradora central, posso falar que Curitiba é cidade boa pra walk tour. E o meu começa no Largo da Ordem que é onde tem o Relógio das Flores e o Chafariz da Cabeça do Cavalo (esse nome fui eu quem dei, por falta do oficial). O Largo da Ordem é... um largo, com igreja (a da Ordem), rodeado de galeriazitas de arte e artesanato, e pontuado pelo Memorial de Curitiba, que é um prédio moderninho com um terraço lá no alto que faz uma vista mara. De domingo rola a Feirinha do Largo, que de inha só tem o nome, porque é uma baita duma feirona de artesanato, comidinhas e afins. Segundo o tio Google acabou de me contar, é a segunda maior do país.


O pedestre já olhou a feirinha toda, faz o que agora? Desce pra Praça Tiradentes, aonde tem a Catedral Metropolitana de Curitiba. Tem várias formas de ir para lá, mas eu recomendo que seja pela galeria subterrânea da Travessa Nestor de Castro, kadiquê é o único lugar do mundo aonde eu já vi ter centro de RPG (aquele joguinho em que os nerds imitam o Frodo). Quer dizer, não sei se ainda há. Veja bem que as minhas lembranças são de final dos anos 90 / início de 2000.


Saiu da Terra Média, caiu na Tiradentes, dá uma olhada em volta, entra na Catedral, pega o ônibus de turismo, se quiser (é a primeira parada). Seguindo em frente à catedral, no final da Praça, à direita, há um mercado de flores bem fofo. Recomendo o passeio, até porque quando acaba o mercadinho, o pedestre chega na Praça General Marques, que é aonde fica o Museu Paranaense.


Mercado das Flores


Praça General Marques
 
Vamos pro calçadão? Onde tem calçadão tem alma da cidade, né não? Descendo a primeira rua à direita, cai-se na XV de Novembro, ou Rua das Flores, tradicional rua de comércio curitibano. A essa altura, o pedreste só vai ver lojas populares, do tipo “quer pagar quanto?”. Mas continuando o passeio, à direita, a aura muda. Cafézinhos e banquinhos espalhados, o bondinho, o Palácio Avenida, tradicional pelo coral de Natal (al, al, al) do HSBC (ahan, é o prédio da propaganda), jardineiras floridas (daí o nome). Cuidado que nessa região costuma ter um daqueles palhaços sombra. Vejo graça nenhuma. Palhaço é muito bicho do mau.

Pouco depois do bondinho e antes da Praça Osório, está a Boca Maldita, região que recebe o nome da confraria de pensadores de mesmo nome. O sea, é lugar pra intelectual sentar, ler a Gazeta do Povo e discutir as fofocas. Em seguida vem a Praça Osório. Ah gente, adouro a Praça Osório, principalmente em julho, que é quando tem a feirinha de inverno. Duas palavras pra você: vinho quente. Curitibano toma vinho quente com gemada, comendo pinhão. Ô saudades!

Quem se interessar por um walk tour mais completo, tem esse aqui, escrito pelo Frávio, o mocinho que promoveu o Curitagram. Orgulhinho de ser amiga desse Frávio aí. Ó, e segundo ele mesmo, tem que esconder o dinheiro na meia pra fazer esse passeio, porque a cidade tá despoliciada. Pronto, perdeu o charme.

8 comentários:

  1. Welcome back :) Espero que já saiba quais os próximos capítulos da sua vida.

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    1. Os capítulos da minha vida? Estou escrevendo todo dia... heheeh!

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  2. Bom dia Thais, obrigada pela visitinha a minha humilde casinha e pelo elogio:) Efectivamente os capítulos das nossas vidas são escritos todos os dias, mas como justificou a sua ausência com uma certa "baralhação" dái a afirmação do saber quais os próximos capítulos. Bom o que interessa é que voltou á blogosfera. Bj

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    1. Ah, eu entendi, menina. Só quiz me fazer de misteriosa... hehehe. Ainda estou "baralhada", mas vivendo um dia de cada vez, analisando o que ainda serve e o que não serve mais, para no final tomar a decisão mais acertada, sabe? Valeu pelo comentário, e seu blog é mesmo show!!!

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  3. Muito bom este Walk Tour em Curitiba, Thais ;)
    faz lembrar pequena cidade portuguesa onde o tempo parou. parece que está muito arranjadinho e organizado. Gostei ;)

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