terça-feira, 28 de agosto de 2012

Tubarão, Termas do Gravatal, Braço do Norte

A cidade “grande” mais próxima de São Ludgero é (tun-tun-tun-tun) Tubarão. Ou seja, pra pegar um cineminha ou comer bigMac do Bob’s (Luanda feelings), há que se viajar uns 40 minutos em estradinha. Eu sempre achei que Tubarão (tun-tun-tun-tun) era cidade pequena com feiurinhas de cidade grande. Em outras palavras, nunca simpatizei.



Em compensação neste trajeto está Termas do Gravatal, um cantinho difícil de não gostar. Termas do Gravatal faz parte da cidade de (ganha um doce quem adivinhar) Gravatal. E se diferencia por ter (ôto doce) águas termais. Niqui é região turística.

Tem uma porção de hotéis, chalés, cabanas, tudo alimentado pelas águas quentinhas que saem da fonte a 37º. Tem parque aquático com tobogã altão. Tem restaurante italiano de qualidade. Tem café simpático pra sentar e conversar (o Café com Arte). Tem comércio de artesanato, roupinhas e eteceteras (que fecha aos domingos e feriados). Tem a única balada que reúne os adolescentes das cidades todas (a Recanto). E tem muita, mas muita excursão da terceira idade. Dá pra não curtir?




Neste caminho entre São Ludgero e (tun-tun-tun-tun) Tubarão, tem também Braço do Norte. Capital das molduras, dizem. Não tem como ser mais chato que isso. Só tem lá certa graça dentro da minha cabeça, uma vez que, tendo trabalhado no Jornal e na Gráfica local, o que não falta são lembranças.
E é por ter trabalhado aí, que hoje estou aqui, mas isso é assunto pra outro post.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Já ouviu falar em São Ludgero? Não? Normal...

São Ludgero é um santo alemão. É também uma cidade de Santa Catarina, da qual, ingual o santo, ninguém nunca ouviu falar. Antes de existir o Google Maps, não dava nem pra encontrar no Atlas. Área total de 120 km2. Muito mini. E eu morei nela.



Foi mais ou menos em 2003. Meu bolso tava tão furado, que eu mal conseguia pagar o mínimo da prestação da C&A (I know that you know the feeling ). Engoli o orgulho (azediiim), e decidi que era boa idéia voltar pra casa de mamãe-papai. Que, por sua vez, estavam de mudança pra São Ludgero.

A mini-cidade é toda de colonização alemã, niqui o povo é alto, loiro e de bochecha rosada. Todo mundo se conhece. TODO MUNDO. Por nome e sobrenome. São 10.000 habitantes que se conhecem ao vivo. Pessoalmente não me agrada a sensação.
Dá pra conhecer São Ludgero toda em, sei lá, 20 minutos. E é simpática, bonitinha, toda limpinha, aconchegante. Tem igreja, cemitério, acadimia, escola de inglês (hermana era teacher), quitanda, farmácia... e na-da-pra-fa-zer. A não ser que você curta um bailão de vanerão no salão paroquial.
Olha, eu curtia (nem ligo que vc tá dando risada), principalmente na festa do Padroeiro da cidade, que era MEGA evento de 3 dias no mês de maio. Bingo, leilão de gado (papai pirava), parque de diversões, jantar tradicional com salsichão, gemüse*, muito chopp, e craro, o bailão em si.



Super ponto positivo: São Ludgero está em lugar estratégico. Tem de um lado a serra gaúcha pra fazer turismo no inverno geladão, e do outro as praias catarinenses que o povo adoura no verão. Laguna é a mais próxima. Tudo isso há menos de duas horinhas de carro, tá?


E tem também o sítio do papai que é lugar iluminadim-di-Deus!

* Gemüse que o povo de São Ludgero chama de guimis é um purê de batata com repolho, couve e um baconzinho. Táqui a receita.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Beto Batata e o Museu do Olho

Da última vez que fui pra Curitiba, conheci um ponto turístico que, pasmem, eu não conhecia: o Museu do Olho do Niemeyer. Não, não, o nome do museu não é esse, é “Museu Oscar Niemeyer”. Quem projetou foi o póprio, e tem formato de olho. Tá bão? Muito legal, passeio pra tarde toda, com mostras permanentes de artistas de renome.


Mas eu vim falar de um negócio muito mais importante.
Eu vim falar do Beto Batata. [Salivando]. Levanta a mão quem já comeu batata suíça (ou rostie). Crocante por fora, derretéeendo por dentro. Tá em dúvida? Confere aí a foto.


Batata Suíça é dessas comidas que não deviam vir em prato. Deviam vir em altar.

Quando cheguei em Curitiba era novidade. Veja bem, nem em São Paulo existia. Queeeeê?
Até onde sei, o Beto Batata* foi o importador da idéia, e tinha um restaurantezinho mega aconchegante no Alto da XV. Depois ele começou a entregar em casa (lembrança deu na cama de pijama com um batatão no colo). Depois outros lugares começaram a copiar, e hoje em dia, ele já tem franquias nos shoppings. Merece, gente! Pra mim o Beto Batata é 3x mais importante que o Bill Gates, e podia ser presidente do Brasil.
*Beto Batata é o nome do restaurante e não do dono do restaurante, mas eu nem ligo.


E garotinhos? Já comeu? No Beto Batata tem também! Fotos deste blog e deste blog que também tem receita.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Walk Tour em Curitiba

Quem acompanha o blog (alguém? alguém?) sabe que não sou de ficar falando da vida pessoal. Solto aí dicas de viagens, curiosidades sobre Angola, que é pra isso que ele serve. Mas hoje eu vou dizer que do mês passado pra cá, aconteceram umas coisas que me deixaram meio baralhada, assim, sem saber das cenas dos próximos capítulos da minha pórpia vida. E eu só to escrevendo tudo isso que é pra dar uma explicação do sumiço geral. A quem interessar possa.
Sem mais aclarações, voltemos ao tema anterior: Eu nasci assim, eu cresci assim, e sou mesmo assim...

Eu tava falando de Curitiba, aquela cidadezim lindi-Deus, que tinha mania de ser européia, e eu bem achava que era (antes de conhecer um pouco dazoropa – há). Fui lá que eu virei gente. Fiz faculdade, arrumei o primeiro emprego, fui morar sozinha pela primeira vez, tive o primeiro namorado (e tudo que ele trouxe no pacote-há).

Deixa, né? Que tem um gordinho de amarelo na foto.

Como ex-moradora central, posso falar que Curitiba é cidade boa pra walk tour. E o meu começa no Largo da Ordem que é onde tem o Relógio das Flores e o Chafariz da Cabeça do Cavalo (esse nome fui eu quem dei, por falta do oficial). O Largo da Ordem é... um largo, com igreja (a da Ordem), rodeado de galeriazitas de arte e artesanato, e pontuado pelo Memorial de Curitiba, que é um prédio moderninho com um terraço lá no alto que faz uma vista mara. De domingo rola a Feirinha do Largo, que de inha só tem o nome, porque é uma baita duma feirona de artesanato, comidinhas e afins. Segundo o tio Google acabou de me contar, é a segunda maior do país.


O pedestre já olhou a feirinha toda, faz o que agora? Desce pra Praça Tiradentes, aonde tem a Catedral Metropolitana de Curitiba. Tem várias formas de ir para lá, mas eu recomendo que seja pela galeria subterrânea da Travessa Nestor de Castro, kadiquê é o único lugar do mundo aonde eu já vi ter centro de RPG (aquele joguinho em que os nerds imitam o Frodo). Quer dizer, não sei se ainda há. Veja bem que as minhas lembranças são de final dos anos 90 / início de 2000.


Saiu da Terra Média, caiu na Tiradentes, dá uma olhada em volta, entra na Catedral, pega o ônibus de turismo, se quiser (é a primeira parada). Seguindo em frente à catedral, no final da Praça, à direita, há um mercado de flores bem fofo. Recomendo o passeio, até porque quando acaba o mercadinho, o pedestre chega na Praça General Marques, que é aonde fica o Museu Paranaense.


Mercado das Flores


Praça General Marques
 
Vamos pro calçadão? Onde tem calçadão tem alma da cidade, né não? Descendo a primeira rua à direita, cai-se na XV de Novembro, ou Rua das Flores, tradicional rua de comércio curitibano. A essa altura, o pedreste só vai ver lojas populares, do tipo “quer pagar quanto?”. Mas continuando o passeio, à direita, a aura muda. Cafézinhos e banquinhos espalhados, o bondinho, o Palácio Avenida, tradicional pelo coral de Natal (al, al, al) do HSBC (ahan, é o prédio da propaganda), jardineiras floridas (daí o nome). Cuidado que nessa região costuma ter um daqueles palhaços sombra. Vejo graça nenhuma. Palhaço é muito bicho do mau.

Pouco depois do bondinho e antes da Praça Osório, está a Boca Maldita, região que recebe o nome da confraria de pensadores de mesmo nome. O sea, é lugar pra intelectual sentar, ler a Gazeta do Povo e discutir as fofocas. Em seguida vem a Praça Osório. Ah gente, adouro a Praça Osório, principalmente em julho, que é quando tem a feirinha de inverno. Duas palavras pra você: vinho quente. Curitibano toma vinho quente com gemada, comendo pinhão. Ô saudades!

Quem se interessar por um walk tour mais completo, tem esse aqui, escrito pelo Frávio, o mocinho que promoveu o Curitagram. Orgulhinho de ser amiga desse Frávio aí. Ó, e segundo ele mesmo, tem que esconder o dinheiro na meia pra fazer esse passeio, porque a cidade tá despoliciada. Pronto, perdeu o charme.