terça-feira, 27 de março de 2012

A minha fessora sabia rimar

“O vermelho é pra parar, o amarelo é pra esperar, e o verde quer dizer ‘você já pode atravessar’ ”. A tia do primário me ensinou esse versinho e eu lembro até hoje. Não me lembro do que comi ontem. Não me lembro de como cheguei a casa no sábado. Mas do versinho eu lembro.

É por isso que eu fico com dó do guardinha do semáforo da Samba. Porque a fessora dele não sabia rimar. Daí virou nisso, tá vermelho, ele manda passar, tá verde, ele manda parar.


É diferente dos motoqueiros. Esses, independente da cor, passam batido no semáforo. Mas é que motoqueiro angolano tem um status que varia de caminhão à pedestre. Ou seja, ele pode tudo! Andar na calçada, na contramão, de pista pra faixa, de faixa pra pista, por cima do povo.

Os guardinhas não reparam. Vai ver que além de daltônicos, são estrábicos.

Link da foto. O texto também é ótimo e sobre esse mesmo tema.


domingo, 25 de março de 2012

Hotéis que muito recomendo

Se arrepiou com meu último post? Achou coisa de gente que não se depila?

Então tá, acho que desse você vai gostar. Porque esse fala de hotel, mas não é qualquer hotel, é hotel boutique. Os dois melhores hotéis que fiquei na minha vida, tinham boutique no nome. E, a parte mais legal: apesar de ótimos, nenhum deles deu (muita) dor no bolso.

Um hotel boutique não é um hotel que tem uma boutique dentro (pena, né?). É um hotel que preza pela exclusividade, interatividade e pelo charme. Isso foi a wikipédia que me disse, tá? Deixa eu te explicar o que eu entendi dum hotel boutique: é super bem decorado, é altamente confortável, e é pequeninho. Também tem que ter um tema.

Cristal Duvet Guesthouse: Por exemplo, no Cristal Duvet (Johanesburg), o tema era cristal, né? Daí vc pensa, “ui, que coisa brega”. Mas gente, deixa eu dizer que não é. Ou, melhor, dá uma olhadinha nas fotos, e constata por si mesmo. Daí vc pensa: “Mas foto de hotel engana, né? É tipo a playboy!”. Eu respondo: Confia, esse não é o caso.




Quer ver outra coisa legal do Cristal Duvet? Você pode consumir tudo que tiver no frigobar, que é reabastecido todo dia, sem pagar nada. Quer mais? Todo dia tem um chocolatinho novo, e uma garrafinha de vinho no quarto. Tudo presente do hotel. Só aí já me ganhou! Ah, e tem piscina.

My Suites Montevideo: O tema desse é vinho. Niqui ele tem uma noite de degustação de vinho grátis. Já tá bom, né? Precisa falar mais nada. Mas eu falo: O quarto é espaçosérrimo. Tem piscina, tem academia (Porque nas férias tudo o que vc quer é malhar, né? Nem eu!), a decoração é linda, e a localização é um tudo.




Tá bom pra vc? Já passou a acreditar que eu me depilo? Então tá bom.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Hostels que muito recomendo!


Nota: Eu sei que vou convencer ninguém com esse manifesto pró-hostel. Se você não for adepto, faz só o favor de não torcer muito o nariz, tá?

Em Lisboa, Portugal: Old Town Hostel.
O Old Town foi minha primeira experiência nesse mundo de dividir quarto com gente desconhecida do mundo todo, umas com chulé, outras não, umas roncando, outras também. Podia ter sido traumatizante. Eu podia ter me incomodado, ter pego micose, ter sido abduzida.
Mas não fui. E foi ó-te-mo!!! Ficar hospedada no Old Town fez a maior diferença na minha vida. Porque se essa primeira experiência tivesse sido um bagaço, eu certamente não continuaria dando uma de "mochileira de mala de rodinha". Hostel é um ambiente multi-cultural aonde se conhece gente do mundo todo. A grande maioria vale muito a pena, e dá saudades depois.
Com carinha de casarão antigo, o Old Town tem dois andares, três salas, duas cozinhas, um número infinito de quartos (e de camas), e uma decoração toda descontraída. O dono (João) e os funcionários são jovens, e interagem com os visitantes como se fosse todo mundo da mesma grande família. O hostel fica no Chiado, bairro antigo, próximo de vários pontos turísticos. Fotos abaixo!





Se eu não te convencer, quem sabe o João te convence.

Em Granada, Espanha: Makuto Guesthouse.
Depois de passar por cinco cidades da Espanha, elegi Granada como minha preferida. E a culpa foi sim do Makuto Guesthouse. Já na chegada, senti uma super paz. Redes, velinhas aromáticas, natureza... parece até coluna da Bons Fluídos. O ambiente é zen. É pra relaxar e curtir!
Uma constante dos meus dois hostels preferidos é o super staff. Isso, a limpeza e a localização (neste caso, o bairro Albaicin). Se os funcionários são ótimos, dificilmente o resto vai ser estragado. O Makuto ainda tem um plus de organizar um walk tour no Albaicin todas as tardes, com pôr do sol no mirante. Além de ter jantarzinho especial para os guests quase todas as noites. Fotos abaixo!





Fiquei em uma porção de outros hostels pelo mundo. Alguns, como o de Madrid, o de Paris, o de Valência, e o de Montevideo foram uma grande roubada. Outros, como o de Barcelona, o do Porto, e o de Sevilla tinham potencial. Limpinhos, confortáveis e muito bem decorados, mas a vibe estava meio caída. Pode ter sido só azar da minha parte. E um que provavelmente entraria na catigoria “altamente recomendados”, se eu tivesse um tempinho a mais pra explorar, seria o de Punta del Este.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Chá de Jasmim

Sábado descobri uma coisa fantástica!

Fui tomar chá no restaurante chinês. Mintira, fui comer yakissoba, e depois pedi um chá pra fazer de conta que eu sou esse tipo de pessoa. Que toma chá depois da refeição. Daí veio o chá: um copo cheio de água quente, com uma bolinha verde, de folhas, mergulhada. Achei estranho esse jeito chinês de fazer chá, mas tá, né? Chinês é um povo que come cachorro de cultura milenar. Quem sou eu, que só tenho algumas décadas, pra discutir. Acontece que a bolinha foi se transformando. Abrindo. Crescendo, crescendo e me absorvendo. Até que, plum, brotou. Brotou uma flor de dentro da bolinha verde. Gente, coisa mais linda desse mundo. Eu não queria mais tomar o chá. Eu queria era congelar e guardar pra sempre.

Tirei fotinhos com o celular, mas ficou porcaria. Porque, né? Fotinho de celular. Então meu namorado, que é um lindo, me deu outra bolinha de presente, preu brincar em casa. Depois lembrei que no filme da Sophia Coppola, sobre a Maria Antonieta, rola uma ceninha (no bom sentido) com essa florzinha. A diferença é que a dela veio do imperador da China, e a minha, do chinês da esquina.



Pois, as fotos da câmera também não ficaram grande coisa


Além de lindo, o chá que era de jasmim, tem um cheirinho e um gostinho delícia.

domingo, 11 de março de 2012

Uma tarde em Buenos Aires

O post anterior é prólogo, então eu recomendo a leitura, pro entendimento deste aqui.

O passeio em Buenos Aires começa pelo Puerto Madero, porque, né? É lá que a gente desembarca. Este porto não é pra pescador. É pra turista. Tem centro de informações turísticas, uma super coleção de restaurantes, é cercada de modernos arranha-céus, e de um visual mara. Se chegar lá na hora do almoço, dá pra ficar até o jantar só trocando de cadeirinha. O passeio tá acabado, porém bem aproveitado.

Não foi o caso. De lá parti pra San Telmo, bairro mais velho de Buenos Aires, que hoje é um cantinho simpático cheio de prédios coloniais, antiquários, lojas de artesanato ou de quinquilharias mesmo. É o lugar onde se gasta o orçamento de uma tarde toda. E o passeio tá acabado, porém bem aproveitado.


Não foi o caso. De lá parti pro Caminito, destino turístico mais famoso de Buenos Aires. Famoso cadiquê é tipo cidade cenográfica, ou como conta a wikipédia, rua-museu. Remonta aos antigos bairros pobres da região, inteirinhos de casas de chapa. Uma verdadeira sinfonia em dia de chuva. É assim: vários restaurantes, lojinhas de souvennier, artistas de rua, e todo multicolorido! Ponto alto: show de tango no meio da rua. Bem legaus, mas eu não recomendo pra gastar uma tarde toda.




De lá parti pra Recoleta, e nem vou fazer rodeios, vou logo dizendo que "lá eu passava uma tarde inteirinha fácil", porque tem de tudo um pouco: Centro Cultural, Museu Nacional de Belas Artes (com Goya, Cezanne, Van Gogh), capela e cemitérios histórico (com Evita Perón enterrada), bares, restaurantes e a Floralis Generica.



Floralis Generica é uma flor gigante de aço inoxidável, no meio de um laguinho, no meio de um parque, que acompanha o nascer e o pôr do sol. Ou seja, está aberta de manhãzinha e vai fechando até oescurecer. De noite, emite uma luz avermelhada por dentro. Quando eu tirei as fotos, eram marromenos 18h (e acho que só ia escurecer as 21h).


É tudo isso que dá pra fazer em uma tarde em Buenos Aires. Ao estilo maratonista, claro!

Do Uruguai pra Argentina

Aquele Mar (del Plata) que na verdade é rio, tem uma margem no Uruguai e a outra na Argentina. E isso significa: passeio de barquinho!

A companhia mais famosa a fazer a travessia é a Buquebus, numa rota Montevidéo - Colonia del Sacramiento (de busão) - Buenos Aires (de balsa). A viagem toda dura umas 3 horas, é toda confortável, e com um plus: no barquinho tem freeshop.

Praquela categoria de mochileiro the flash, que, na Europa, faz 30 países em 15 dias, o passeio é ideal. É possível sair de Montevidéu de manhã, e voltar a noite, com história pra contar sobre outro país.

Eu não sou esse tipo de viajante. Eu viajo com mala de rodinha. E gosto de passar 15 dias conhecendo uma única cidade, se possível. Porque cada canto tem um potencial inesgotável. É o que pretendo fazer da próxima vez que for pra Buenos Aires. Se uma amostrinha conseguiu ser tudibom, estou aqui imaginado umas férias inteirinhas.


A introdução dum post virou um post todo, de modo que no próximo post, conto sobre "a tarde em Buenos Aires". Foi um post meramente informativo.