domingo, 18 de maio de 2014

Casa Guilherme de Almeida

Daí a pessoa tá num dia completamente preguicento... pijamento... e se obriga a dar uma saidinha de casa só pra ter assunto pro blog. Deve de ser doença! O que me faz pensar... o que surgiu primeiro? O ovo ou a galinha? Ou seja, o quê alimenta o quê? A minha vontade de escrever é o que me faz criar passeios? Ou o meu gosto por passear é o que me faz escrever o blog? Num sei... fica a reflexão...

Bom, o alvo da saidinha rápida foi um Museu aqui no bairro mesmo (eu moro no limbo indefinido entre Pompéia, Perdizes e Sumaré): o Museu Casa Guilherme de Almeida


Queeeem? Pois, não se sinta ingnorante se você não souber quem foi este célebre senhor, o Guilherme de Almeida. Não que ele não tenha sido super importante pra história das artes no Brasil. Não que ele não tenha tido uma vida super dinâmica, interessante, digna de biografia (se até Bruna Surfistinha...). O problema na minha opinião foi que ele tinha tantos talentos, e atuava em tantas áreas, que uma acabava por ofuscar a outra. 

Perceba: Guilherme de Almeida foi advogado por formação, jornalista, crítico de cinema, ilustrador publicitário e tradutor por profissão, poeta modernista e ensaísta por vocação. Dessas pessoas que faz a gente se perguntar: "que horas dorme?". Adivinha quem idealizou a semana de arte de 1922? Aham, ele mesmo! Que era BFF do Mário e do Oswald de Andrade, do Di Cavalcanti...  Como se não bastassem as tendências artísticas, ele ainda se voluntariou ao exército na Revolução Constitucionalista de 1932 contra Getúlio Vargas. Daí foi exilado em Portugal.


Por isso, apesar de ter tido uma vida tão rica, ele próprio não foi cheio de posses. A Casa da Colina, atual Casa Museu Guilherme de Almeida, sua morada durante os últimos 20 anos de vida, é assim... um sobrado com dois quartos. Recheado de obras originais de pintores, escultores e escritores renomados, mas ainda assim um sobrado. A visita, com guia a tiracolo, é bem interessante, principalmente na área do sotão, aonde ele costumava trabalhar. 

E não esqueçamos da programação agitada de workshops, oficinas, palestras... 



O ECO
"Perguntei à minha vida: Como achar a apetecida felicidade absoluta? E um eco me disse: Luta! Lutei. Como hei de a esta pena dar cadência serena que suaviza, embala e encanta? O eco então me disse: Canta! Cantei. Mas, como, num verso, resumir todo o universo que em mim vibra, esplende e clama? Então o eco me disse: Ama. Amei. Como achar agora a alma simples que eu pus fora pelo prazer de buscá-la? O eco, então, me disse: Cala! Calei-me. E ele, então, calou-se. Nunca a vida foi tão doce... Tudo é mais lindo a meu lado: Mais lindo, porque calado."
Guilherme de Almeida

2 comentários:

  1. Acabei de postar e o comentário foi pro bréu. Escrevo de novo. E o outro estiver junto deste, tira no par ou ímpar qual fica!
    Nem sei o que o ovo faz nesta história, mas o meu eu quero frito e com a gema dura, ok?
    Bj.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Frustração quando o comentário se perde. Pra tu e pra mim.

      Excluir