segunda-feira, 17 de junho de 2013

Charles Dickens Museum


Antes de escrever esse post, eu assisti um documentário sobre a vida do Seu Dickens na BBC, (porque eu sou esse tipo de nerd), e acabei por não simpatizar com o gajo. É que ele teve, lá pelos 40/50, uma crise de meia idade, dessas de querer largar a mulher pra pegar menininha. Acontece que ele não só se separou da esposa, mãe da sua ninhada de filhos, uma senhora já gordinha e envelhecida (como toda mulher vitoriana que seguia a rainha como modelo), como proibiu os 10 filhos de a visitarem, sob pena de cortar a mesada da meninada. Achei cruel, achei homenzinho do mal. Claro que entre quatro paredes só o casal sabe o que acontece, e por isso eu não devia julgar. Mas já julguei!

Plus, nunca fui muito fã das obras de Charles Dickens. Sempre achei muito rocambolescas e com personagens cheios de auto-piedade. Em tempos de "O Segredo", quem tem paciência pra gente que se faz de coitadinha?

Dito isso, vamos falar sobre o Museu, que é pra isso que aqui estamos. O Charles Dickens Museum funciona numa dessas mansões vitorianas tradicionais de Londres, aonde o escritor viveu com a família de 1837 a 39. Como toda casa-museu, pretende remontar o cotidiano familiar através de objetos e detalhes. Consegue? É... talvez... mas de forma bem fraquinha e sem emoção. Na verdade, o que mais me incomodou foi a parte da biografia. Parece que foi escrita por um fã clube póstumo, por uma seita aonde Dickens é semi-deus. Não há dúvida de ele que foi um homem extremamente talentoso. Estão aí seus 17 best sellers, clássicos da literatura, pra provar. Também é louvável o fato dele ter construído uma fortuna com o próprio trabalho, principalmente depois de ter passado por uma infância difícil. Mas o homem não era exatamente um santo, era um ser normal com erros e acertos. Ainda assim, só faltou montarem altar em sua homenagem no Museu.

Sei lá, vai ver estou over-reacting em cima dessa história de tiozinho Sukita... então fica ai uma mini-animação-biografia (são só 5 minutinhos) procê tirar as próprias conclusões.


Now, se você conhece nada de Dickens, não se deixe influenciar pela minha TPM. Aqui vai uma lista de obras em suas versões cinematográficas para vossa experimentação:
1. Oliver Twist - diretor Roman Polanski (2005)
2. A Christmas Carol - animação que leva a voz do Jim Carrey (2009)
3. Scrooged - outra versão de Christmas Carol. Certeza que vc já viu. Passava direto na Sessão da Tarde. Aquele em que o Bill Murray é assombrado pelos fantasmas do passado, presente e futuro, lembra? (1988)
4. David Copperfield - com o Harry Potter antes de ser Harry Potter (1999)
5. Great Expectations - com a Helena Boham Carter (a moça da cabeça achatada, que parece a Reese Whiterspoon mais velha) (2012)
6. Great Expectations - com Ethan Hawke e Guyneth Paltrow (1998)

2 comentários:

  1. -Crise de meia idade p pegar menininha(o)? Conheço bem.
    -Eu apoio a ameaça contra a mesada.

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    1. Jurei que vc ia falar só sobre os filmes. Scrooged vc viu, né?

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