Eu gosto de fazer casting antes de ler livro, ou seja, eu monto todo um elenco na minha cabeça. Vez em quando não faz muito sentido. Fica ator de novela brasileira com hollywoodiano, tudo junto e misturado. Então que, quando li Código da Vinci, e ele nem pensava em virar filme, o Robert Langdom da minha cabeça, era o George Clooney. Não julga, tá? Suspiro por ele desde a época em que E.R. era Plantão Médico.
Daí que o livro começa com o George Clonney dormindo lá no Ritz, em Paris. E é neste mesmo lugar que o
“Da Vinci Code Walk Tour” começa: do lado de fora do hotel. Né? Que pra entrar no Ritz, você tem que ter saído no E!.
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Place Vendome, com o Ritz logalí. Foto by parisinmay.wordpress.com |
De lá, a gente vai pro Louvre, que é pra ver onde Jacques Saunière, o grão mestre templário, e avô da Amélie Poulain foi assassinado. E o caminho é uma atração a parte. O guia, que é americano (¬¬), e cara de pau, fala pra gente ir olhando pra dentro das janelas dos hotéis que
hão pelo caminho. Gente, puro luxo! Babei! Daí ele, super informativo, conta que os exércitos alemães ocuparam justamente este hotéis, feito casinha e posto de comando, durante a Segunda Guerra Mundial.
Se ocê num sabe, dexô conta: Hitler mandou um povo ocupar Paris,
craro! E quando deu conta de que estava perdendo a Guerra, mandou o comandante responsável bombardear tudo. Mas o tal comandante achou Paris tão linda, tão linda, que bateu pezinho no chão, e disse não! Um fofo!
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Pirâmide invertida, e uma loja da Virgin Records. |
Continuemos: então que a gente chega no Louvre, e pula pro final do livro, porque ao invéz de ir lá pro corredor da Monalisa, que é pago e
craudeado, a gente vai pra pirâmide invertida onde estão os restos mortais da Maria Madalena. Puxa pela memória: lembra a cena final do filme, emocionante, com o Tom Hanks, resolvendo o mistério na
pópria cabeça? E ele tá ali, em cima da pirâmide invertida, toda iluminada e radiante? Então, impossível, tá? Porque a pirâmide tá embaixo de um canteiro, no meio do trânsito, bloqueado pra pedestres. ¬¬. É Hollywood contando mentirinha pra gente. O guia disse também que embaixo da pirâmide, onde, bem ao estilo CSI, o filme mostra o túmulo enterrado, estão, na verdade, vários andares de estacionamento subterrâneo. Fico me sentindo enganada!
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Pontinho da Roseline |
Se esta é a locação final do filme/livro, quer dizer que acabou o walk tour? Não, não, só quer dizer que tá todo do avesso. Depois de ver a pirâmide, a gente começa a seguir a Roseline, que é na verdade a marcação (no chão) do antigo meridiano de Paris. Dessa parte do livro eu não lembro direito, mas parece que o Saunière enganou o albino Silas, mandando ele seguir a linha pra achar o Santo Graal. Tolinho.
Bóra, fazer o caminho que o Silas fez.
A primeira bolinha no chão fica ao lado da pirâmide do Louvre. Depois, é só ligar os pontinhos. No caminho, a gente passa: pela Pont dês Arts, aquela dos cadeados românticos; pela Igreja St-Germain-dês-Prés, a mais antiga de Paris; e por uma loja da
LaDureé, que, segundo consta, vende os melhores
macarons da França.
Tá bom, a primeira vez que vi a palavra
macaron num cardápio francês, eu também pensei o óbvio. Macarrão, né? Só que vinha na parte da sobremesa. Confesso! Achei que era um tipo de macarrão doce! É
guinorância, gente! Acontece com todo mundo. Um dia vai acontecer com vc também.
Macarron é tipo alfajor, tipo bolacha, mas não é alfajor, nem bolacha. É fofo, do tipo de comidinha que dá dó de morder. Tem muita loja de
macarron em Paris, e parece mais joalheria. O guia do walk tour diz que é viciado em
macaron, e deixa a gente parar pra comprar. Engordei 2kg só ali, de certeza.
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tá vendo esse pau de mármore com uma bola na ponta e um risco no meio? É a Roseline escalando a parede. |
O tour acaba na Igreja St. Sulplice, que tem uma Roseline escalando a parede. Essa é aquela igreja que o Silas vandaliza pra mó de achar o túmulo perdido, e acaba encontrando só uma caixinha no chão. Tenho dó do Silas.
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St. Suplice by me |
Pra você que nunca viu o livro/assistiu o filme, já contei o final, tá?
Desculpaê.