segunda-feira, 21 de março de 2011

Nome de Casa

Esses dias, por conta de um trabalhinho pentelho terapêutico, o dossiê dos funcionários da empresa caiu nas minha mãos, e eu percebi duas coisas. A primeira é que a empresa precisa providenciar urgente sobrenome presse provo. José, João, Maria não é sobrenome. Um cerumano que se chama “Ricardo Alberto Diogo” sempre vai se sentir, de alguma forma, incompleto. *

A segunda coisa que percebi foi que, NÃO CONHEÇO METADE DA PIPOL! Choquei! E eu que me considerava popular tipo o Bono.

Constatação feita, saí perguntando pelos corredores: quem é fulano, quem é cicrano? Quando perguntei pelo “Ricardo Domingos Adão”, o mocinho que eu conheço como “Miranda” levantou a mão tipo “Sou Eu”. Quando perguntei pela “Diatesa”, quem respondeu foi a “Irina”. Quando perguntei pelo “David Jorge” quem apareceu foi “Seu Balalau”! Fiquei tonta!

Ok que geral tem apelido nesse mundo, essa parte eu intindi. Tipo, eu lá em casa sou chamada de Táta (com acento agudo no primeiro A, tá?). No colégio me chamavam de “baixinha”... nem idéia do porquê.

Agora, o que Irina tem a ver com Diatesa? Irina me explicou que o pai escolheu um nome, mas a mãe queria outro, e no grito, a mãe ganhou. Ela cresceu se achando Irina, e é assim que se apresenta até hoje. É o famoso NOME DE CASA. Todo angolano tem um nome de casa... um mais confusionista que outro, e nem todos tem a mesma explicação. O curioso é que eles adotam como se fosse nome real, ou pros mais pops, nome-artístico. SUCESSOOOO!

Se meu avô “Sinfrônio” fosse angolano, aposto que pedia pra mãe chamar ele de “Gabriel”. Muito intindia!

*Acabei de realizar que tenho tios que se chamam “Sheyla Pedro Antônio”, “Niubes Pedro Antônio”. Sobrenome de presente de Natal pra eles!

6 comentários:

  1. rsrsrsrs...menor ideia do porque te chamam de baixinha, né amiga? Nem eu. Também nao tenho mnor ideia porque meu pai me chama de boneca.
    Ri muito, minha palhaca predileta,

    Beijinhos pra vc, queridona

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  2. Na época de escola, tive um colega de classe cujo nome é Marcelo José. Nada de angolano. Pais portugueses. Toda vez q aparecia professora nova na escola pra dar aula pra gente ela perguntava qual o sobrenome achando q o nome dele na lista de chamada tava faltando.
    Bjs.

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  3. Grande dica!
    O meu (provável) contato comercial em Luanda se chama Chamanta, mas quando pedi os dados para o cadastro vi que não havia Chamanta no nome dela. Estranhei...

    :)

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  4. Meu pai se chama José Antônio Jayme. Ou seja, três nomes e nenhum sobrenome. Mas curti a ideia do nome de casa (ou de guerra, se assim preferir). Agora me chame só de João Victor.

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