quinta-feira, 3 de julho de 2014

Obsessão Infinita

A minha obsessão infinita é comida. Mais precisamente carboidratos. Mais precisamente pão de queijo. Mais precisamente pão de queijo com brigadeiro. Essa é a minha obsessão infinita.

Mas não é de mim que vamos falar neste post, é da dona yaya Yayoi Kusama, cuja obsessão infinita são bolinhas.


Demorou preu tomar coragem de enfrentar a fila homérica de duas horas que vêm insistindo em se formar do lado de fora do Tommie Otahke (aonde acontece a exposição). Mas tanto se falava no assunto que resolvi encarar, e lá dentro, descobri seus motivos.

Motivo 1: As instalações produzidas pela Dona Yaya são divertidíssimas! Adjetivo estranho pra obras de arte, mas, na minha modesta opinião, é o mais apropriado. Muitas bolinhas, sempre bolinhas, das formas e nos lugares mais inusitados. Pra você ter uma ideia, na época que Yaya era amiga de Andy Warhol, lá em NY, costumava promover orgias (não sei se reais ou apenas marketeiras) aonde pintava os corpos dos amigos todinhos de bolinhas. Na exposição não tem gente pintada. Tem sala com bolinhas, tem falos com bolinhas, tem super bolonas, e a minha parte preferida: infinitas bolinhas luminosas. As bolinhas da Dona Yaya são fruto da sua esquizofrenia, que surgiu na adolescência. E, apesar da situação clínica, ela é artista, escritora e empresária mega produtiva. Hoje em dia mora num asilo no Japão, aonde se auto internou, mas produz num estúdio ali em frente usando um penteadinho a lá Rita Lee.



Motivo 2: Metade da fila homérica é de pessoas interessadas na exposição, a outra metade é de gente querendo fazer selfie em cenário badalado. Independente do motivo, lá estando, todo mundo faz selfie. Eu própria sou adepta do selfie. Eu faço, curto e posto. Mas não entendo gente que enfrenta duas horas de fila única e exclusivamente para fazer o selfie. Estou falando de grupos de adolescente que ficam se acotovelando nas instalações pra ver quem clica o melhor smize, e que só vai reparar que esteve num evento artístico depois, quando estiver olhando o fundo das fotos. Isso eu não entendo. E detalhe, além da fila de duas horas do lado de fora, para cada instalação, lá dentro, forma-se outra fila, não necessariamente mais rápida que a anterior. Estilo Disney, sabe? É muita vontade de fazer selfie. Beirando o exagero.


Intaum tá. Até dia 27 de julho tem Yaya no Tommie Otahke. Recomendo, sejam quais forem seus motivos.

3 comentários:

  1. Muita fila pra um selfie, néam!?!

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  2. Há uns anos, vi um post sobre esta artista escrito por um nissei brasileiro que mora no Japão. Adorei uns carros pintados de bolinhas. Adorei saber da exposição em SP.
    Hummmm, pão de queijo com brigadeiro... sei não! :)

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