segunda-feira, 6 de maio de 2013

Turismo em Berlim

Oláaaaa classe! Olá professor Tibúrcio!

Vimos no post anterior que o Muro de Berlim teve grande influência na atual identidade da cidade, que foi parte marcante da história. Alguém adivinha qual foi o outro fato que virou a vida de Berlim do avesso? A vida na Alemanha? No world as we know it? Alguém? Alguém?
Foi a Segunda Guerra Mundial (quem acertou ganha uma estrelinha). E é nesses dois períodos, determinados pelo fanatismo, que o Turismo de Berlim se baseia.

Topa um walking tour? Tentarei (com força) ser sucinta.
Comecemos pela Ilha do Museus, que é... auto-explicativo. Lá tem o Museu Pergamon, o Altes Museum, Neues Museum, Alte Nationalgalerie e o Museu Bode (méééééé), todos recheados de coisas antigas, romanas, egípcias, gregas e troianas. Pra quem tem tempo, deve ser legal. Eu estava numas de saber da História da Alemanha, então fui direto pro DDR.


DDR é um mini museu na margem do rio, que conta de forma interativa como era a vida em Berlim Oriental. Muito legal! A gente vê como eram os carros, os canais de TV e rádio, as roupas, as casinhas padrão, os empregos pelos quais mulheres e homens podiam optar, como era uma sala de interrogatório... Museu pequeninho, mas brincalhão. Cheinho de informação.


Na frente do DDR está a Catedral de Berlim, que é gigantesca do lado de fora. Não entrei porque tinha que pagar, e eu só vou pagar pra entrar em Igreja, no dia em que o papa argentino doar aos pobres todo o ouro do Vaticano. Revoltadinha, né?
Continuando: na frente da Catedral está o Museu Histórico Alemão, e nesse sim, hein? Passei algumas horas. Nerd, meu povo! A pessoa é nerd!


Tá acompanhando o guia? Então tá, neste momento, você está na rua Unter den Linen (não faço idéia se estou repetindo "rua" duas vezes, ou xingando a sua mãe... meu alemão é zerado). Vamos até o final dela pra encontrar o Portão de Bradenburgo. De certeza você já viu alguma imagem deste monumento. Embaixo dele aconteciam as paradas dos nazis, e acredito eu, muito discurso teve ele como background. O portão é antigão, do tempo em que os países eram fechados tipo fortaleza, e por isso já viu a Alemanha passar por muita transformação. Da tia wikipédia: "Hoje as portas que um dia separaram Berlim e que foram atravessadas em desfile por tropas napoleônicas, revolucionárias e nazis, é o símbolo da prosperidade e da unificação alemã". Tia Wikipédia, a poeta.


De um lado do Portão está o Palácio do Reichstag, prédio do Parlamento Alemão, que é gigaaaaante por fora, e parece ser moderninho por dentro. Turista pode entrar, mas só com hora agendada. Do outro lado, está o Memorial do Holocausto, um quarteirão inteirinho de blocos de pedra com alturas diferentes. Repara na minha cara de ????. Eu não sei o que um monte de pedra pode ter a ver com o holocausto. Não sei! Fiquei confusa! Nessas horas, em que a inguinorância bate, a gente googla, né? E o resultado: "os blocos são desenhados para produzir uma intranquilidade, um clima de confusão, e a escultura toda ajuda a representar um sistema supostamente ordenado e que perdeu o contato com a razão humana." Entendeu? Nem eu. Só sei que é divertidíssimo pra brincar de esconde-esconde.



Agora pega a rua do Memorial e vai reto-toda-vida. Você vai começar a ver pedaços do Muro de tempos em tempos, o que quer dizer que está perto de alguma coisa interessante. Essa "coisa" interessante é a antiga locação do Prédio da Gestapo (na rua Nierdeskirchnerstrabe, repita rápido 3x), daonde saíam as decisões do Hitler e sua corja. O edifício obviamente não existe mais, que com a derrota da Alemanha foi destruído, né? Mas outro prédio novinho foi construído no lugar e apresenta a exposição "Topografia do Terror", que conta toda a história da dominação nazi, desde a entrada do partido no poder, até os julgamentos de Nuremberg. O conteúdo é forte, tipo a "Lista de Schindler". Tem que tomar cuidado, pode rolar uma depressão.
Curiosidade: do lado de fora do museu tem um pedação do muro intacto, sem pixações ou coisa que o valha.  


Se segura que o guia ainda tem pilha. É Duracel! Seguindo esta rua de nome irrepetítivel, você vai chegar no Chekpoint Charlie, nome de um dos postos militares que faziam passagem entre uma Berlim e outra. Hoje em dia, o que existe é um cenário mequetrefe no meio da rua, com um ator se fazendo de guardinha do mal. Turista japa tira muita foto (nada contra, tá?). Ali em volta existem alguns museus, um deles contando histórias de tentativas de fugas peculiares.

Ói que legal eu sou, até mapinha providenciei procêis. Só que, né? Não te como fazer este walking tour num único dia, a não ser que você queira realmente passar o tempo todo só walkando do lado de fora dos museus (que é basicamente o que um walking tour faz). Turista nerd (eu!eu!eu!), que quer ler plaquinha explicativa por plaquinha explicativa, vai levar uns três dias pra completar o passeio todinho.


Exibir mapa ampliado

6 comentários:

  1. Tenho vontade de conhecer Berlin, mas não quero fazer a rota do terror não! Tenho uma pedrinha q diz no encarte em q está colada, ter pertencido ao muro de Berlin. Na época da queda foi vendido pela UNICEF. Tá em alguma gaveta da estante da garagem da minha mãe. Sim, vc repetiu 2 vezes "rua", mas foi na de nome irrepetível. Não, não tem exposição da Joana Vasconcelos no Porto (vai noivar!!!), mas talvez tenha alguma obra em algum museu de arte moderna. Agora loja de chinês lá tem com certeza!
    Bjs.

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    1. Menina, nao fui noivar, nao. Fui marcar o casamento no civil. Comecinho de junho... imagina o frio na barriga. Vc passou por isso? Pelo devo, nao devo, em cima da hora? Hehehe.
      Ah, eu sabia que alguma alemoa ia vir me corrigir a rua escrita duas vezes... heheheh.

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  2. Thais nao sou de Londres :(
    Moro nos EUA - Florida (por enquanto)
    Olha amei seu post turistico viu?!
    Agora isso:"os blocos são desenhados para produzir uma intranquilidade, um clima de confusão, e a escultura toda ajuda a representar um sistema supostamente ordenado e que perdeu o contato com a razão humana."
    Ri demais porque tipo tbm nao entendi nada kkkk,talvez as pedras signifiquem o coracao dos nazis.
    Eu amo historia e entender como as coisas funcionavam,ultimamente tenho assistido uns filmes,lido relatos,testemunhos de judeus e outras informacoes e confesso que da muita depressao mesmo,aqui onde moro tem muitos judeus e quando vou ao super mercado sempre vejo alguns casais idosos e me vem logo a mente se eles tbm foram vitimas desse tempo horrivel,nossa uma coisa muito triste e desumana,eu fico morrendo de medo que algo parecido aconteca aqui nos EUA,as vezes vira uma paranoia,meu marido diz que 'e importante aprendermos sobre a historia de tudo,mas que nao 'e mais pra mim ler sobre essas coisas pq fico muito mal :(
    Mas quero poder um dia visitar esses lugares e conhecer mais,'e muito incrivel voce ver esses lugares pessoalmentes,algo que voce leu e viu nos livros,sera que eu tbm sou uma nerd?!kkk.
    Enfim imagino que voce tirou o maximo de informacoes possiveis,seu post ficou muito bom e nos explica de uma forma mais simples que nos livros.
    Parabens ... Vou voltar aqui pra ler os outros posts.
    Bjao linda :*

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    1. Oi, Julhia. Assim como vc, apesar de sempre gostar de hist'oria, s'o depois de velha 'e que comecei a estudar aquilo que me interessa. Ser'a que 'e nossa adolescencia tardia? Heheheh.

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  3. Oi Thaís! Gostei tanto do seu comentário no meu blog que vim aqui agradecê-la. Atualmente pouquíssimas pessoas comentam meus posts e eu estava pensando outro dia "será que alguém ainda lê o que escrevo?". Bom saber que sim!
    Eu já tinha vindo aqui no seu blog várias vezes, vou linká-lo no meu para acompanhar com mais frequência.
    Engraçado você dizer que meu blog é mais legal que Marian Keyes, pois sempre que eu penso se poderia escrever um livro, eu sempre penso que acabaria escrevendo como ela. Aquela coisa de "ah, é leve", mas no fundo não é, porque a protagonista se fode toda em determinados momentos.
    Pode comentar sempre! :)
    Beijo

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    1. É mesmo isso! Claro que seu blog é baseado na sua vida, então ficou com teor Marian Keyes baseada em fatos reais, mas é o seu jeito de escrever. É muito divertido, e profundo, e... essa mistura toda que prende a gente. Eu muito comprava o livro.

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