Porque eu sou paulista paulistana. E o paulista paulistano tem certeza que não existe vida inteligente fora da cidade. Desconfia que o sol gira-gira em torno da Sé. É bairrismo, eu sei. É dessas coisas que ninguém diz em voz alta, porque é politicamente incorreto.
Mas não se preocupe, que isso passa quando a gente sai do estado, e diz “uau” pro resto do mundo.
Ainda assim, hoje vou ser bairrista. Uma bairrista crítica, veja bem. Porque eu sou o tipo de paulista paulistana que depois que saiu da cidade, passou a ter horror em voltar, por conta do mega hiper super caos de aglomerado de gente junta.
Não vou entrar numas de política, porque não me cabe, mas enquanto pessoa layouteira, curti muito a cara de São Paulo pós Lei Cidade Limpa. É contraditário a publicitária aqui achar isso, eu sei. Tem muito morador que reclama, diz que é pura maquiagem, e mimimi. Don`t care! Se o povo não valorizasse uma estética, a Playboy não photoshopava celulite,e as Boys Bands eram erradicadas.
O que me chocou mesmo foi a eficiência do Poupa-Tempo. Faz juz ao nome. Eu era uma descrente! Jurava que tirar documento gritava burocracia. Daí veio o Poupa-Tempo pra me provar que “não necessariamente”. Foi assim, RG, CPF, tudo renovadinho em cerca de 15 minutos. Tudo bem que fui num novo posto, pouco conhecido (o da Lapa, pronto estraguei), e que o RG não sai no mesmo dia. A questão é que é prático, é rápido, funciona, e o atendimento, daqui ó.
Mas não é só isso, não sei bem explicar. Enquanto visitante esporádica, de uma semana /ano, tenho achado tudo um tanto melhor: transporte, opções qualitativas de laser (que sempre houveram aos montes, mas agora chegaram aos subúrbios), etecetera. A classe média cresceu, deu aquele plus, e a cidade se viu obrigada a acompanhar. Deve ser por aí. Mas já pode parar de ler, que agora tô só divagando...
Washington Olivetto escreveu sobre SP e eu me emocionei.
Porque ó, só quem é. E Paulistano adora falar de São Paulo com um orgulho, eu trabalhava com essa vista linda da ponte estaiada pra minha janela do escritório. O mundo é lindo, mas São Paulo é casa, é encher o pulmão de gás carbonico quando eu desco no aeroporto, é ouvir aquele sotaque irritante que faz tanta falta, é barulho e gente se fim que enche a alma de alegria.
ResponderExcluirbeijos
Só quem é! Falou tudo! Tô toda emocionada de novo.
ExcluirTranquila, tudo muito zen, o mundo não acaba hoje.
ResponderExcluir:)