quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Marais

Comecei pela pastilha, quer dizer, pela Place de La Bastille, que a pastilha mesmo nem existe mais. A pastilha surgiu como fortaleza medieval e depois virou prisão, dessas com calabouço. Até o dia em que a população alucinou e resolveu se revoltar (vide Revolução Francesa). Pra isso precisava de armas e munição. Bóra pra pastilha (era lá que o rei guardava sua pólvora e eteceteras). O povo bem doido resolveu vandalizar geral e ainda botar fogo. Que eles não tavam pra brincadeira!

A Maison de Victor Hugo tá bem nas costas da fotógrafa aqui.

De lá fui a Maison de Victor Hugo, o cara que escreveu a história do Quasimodo. Contribuiu pra Disney, já curti! Victor Hugo também escreveu “Os Miseráveis” e foi ativista republicano. A Maison é um mini-hotel (onde ele viveu com mulé e filhos), que virou museu. O último andar é tipo a casa dele, com mobiliário original e tudo. Na frente da Maison tem dessas praças fofas, que só Paris tem.

Jardim do Carnavalet

Outro museu de grátis, ali pertinho, é o Carnavalet. Todinho sobre a História de Paris. Me acabei, né? Passei tipo, três horas, pulandinho de feliz, lá dentro. Daí, fui almoçar, e te prepara, que eu vou falar do melhor restaurante, que eu provei em Paris, tá? Le Petit Marché. Come-se MÓITO bem, por um preço bem razoável, o ambiente é ótimo, descontraído. O risoto vegetariano tava daqui, ó!

Almocinho no Le Petit Marché

O Marais é conhecido como o bairro gay de Paris. Daí vc tira que ele é dos mais fashions e divertidos ( :P ), e imagina que não é numa tarde, que dá pra ver tudo o que ele tem de bom. Mas eu vou citar procêis: tem Museu Picasso (e onde é que não tem Museu Picasso?); tem Memorial de Shoa, um monumento pelos mártires do holocausto (quem foi, disse que soltou uma lágrima); Tem Museu da História do Judaísmo; Tem Museu das Artes e Ofícios, que devia chamar Museu das Invenções; Museu da Caça e da Natureza, cheio de cabecinhas de bambi empalhadas; além de montes de ateliers, estúdios e boutiques.

Íssaí atrás de mim não é pula-pula de festa infantil. É arte moderna, tá?

Tem também o Centro Pompidou, o maior Museu de Arte Moderna da Europa, e o edifício mais medonho que Paris podia inventar. Tem quem goste, né? Que gosto é feito bumbum. Mas, de boa, Paris toda clássica, lynda e dyva, me colocam um prédio quadrado e do avesso, com toda a tubulação pra fora, e querem que o povo aprecie. :S

Fui no cemitério-tério-tério-tério!

Esse monte de lugares que eu falei, dá pra visitar a pé, tudo um do ladinho do outro. Exercício é bom, gentem, pras artrite! Mas tem um outro lugar, meio longinho, que eu queria muito ver: o Cemitério de Père-Lachaise. Eu não sou gótica, não é por aí. Mas é que o Père-Lachaise é tipo ponto turístico, pela quantidade de celebridades enterradas lá: La Fontaine, Moliére, Chopin, Jim Morrison. É bonito, viu? Valapena! Tem mais escultura que muito museu.

Tumba do Jim Morrison. É das mais sem-gracinha.

Mas, assim, deixa eu compartilhar a minha experiência com vcs. Lá dentro do cemitério, fui seguida de longe, por um velhinho de cabelo branco. E bateu aquela nóia: Será que é vivo ou morto? Então entrei no meio das tumbas pra despistar, e foi pior, porque bateu a outra nóia: Tem gentes me olhando! Quem me conhece sabe, que eu durmo de luz acesa, então conclua que a visita foi bem, beeem rápida.

5 comentários:

  1. Oi Thais,
    Obrigadinha pelo parabéns!
    Estou adorando o relato da sua viagem cultural.
    Este cemitério tem estatuas lindas mesmo. Eu tb ficaria com medo se notasse, num lugar desses, alguém me seguindo.
    Bjs.

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  2. kkk Thais, que medo dessa última parte, hein?! rss bjuss

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  3. Como assim, "Será que é vivo ou morto?" Era o Victor!
    :)

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  4. Thais, adoro te ler.
    Só quero ver quando essa viagem vai parar em Viena.

    Linda!

    Beijos

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  5. Nossa... que lindas essas fotografias, adoramos e seu post ficou o maximo!!!Beijinhos e passa lá em nosso Tabuleiro!!

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