Paris é uma cidade super total flex no sentido de “como conhecer”. Ou seja, dá pra turistar de busão com laje, de bicicleta pública, de apé, de mêtro, e até de barquinho. E é o passeio de barquinho, o tema do post de hoje.
O barquinho de Paris é chamado Bateau Mouche (o que me faz lembrar aquele desastre no Rio, aonde morreu uma global). Ele faz o roteiro do Rio Sena, começando lá perto da Torre Eiffel, contornando a Île de La Cité, e voltando. O que quer dizer que passa do ladinho dos principais pontos turísticos, a citar: a Torre em si, a Catedral do Quasimodo, o Louvre, o Dorsay, blá blá blá wiskas sachê. O turista pode optar por pegar o barquinho que imita ônibus (batobus - dá pra descer, passear, e esperar pelo próximo no ponto), ou por ficar lá dentro, só respirando, e olhando a paisagem durante uma hora.
Na minha modesta opinião, a grande atração desse passeio são as pontes. Porque o cara do microfone (é, tem cara do microfone no barquinho), fala um tantinho de cada uma delas. E cada uma tem um quê especial. Então, tá, vou encarnar aqui e agora o cara do microfone procêis:
Pont d’alma: Poético o nome, né? Essa ponte foi inaugurada por Napoleão III (é véia) em homenagem a uma batalha da Guerra da Criméia, e como decoração, ganhou estátuas de soldados. Foram escolhidos três, mas hoje em dia, de original, só tem o Zuavo, que não é exatamente um soldado, mas o título que davam a certos soldados da infantaria. Essa estátua é mara, e eu explico o porquê: ela funciona como indicador de enchentes (ói aí, Blumenau). Se as águas do Sena começam a bater no dedão do Zuavo, Paris fica em alerta. Se chegam no tornozelo, pode sair correndo! Imagine que, na enchente de 1910, Zuavo tinha água até o pescoço. #blumenauvibe. E sabe mais o que? Foi embaixo do viaduto da Pont d’alma que a Princesa Diana foi morta. Oo
Zuavo |
Zuavo se afogando na enchente de 1910. Foto by Pierre Petit |
Pont Alexandre III: De tirar o fôlego! Tem quem não ache graça em ponte, mas é só até conhecer essa aqui. Calhou deu cruzar com ela no primeiro dia de Paris e foi o suficiente pra me deixar deslumbrada pelo resto da viagem. Querubins, ninfas, cavalos alados. Você tá em Paris, mas parece o Olimpo. E tem muito dourado, que francês adoura um brilho.
Foto by Wikipedia |
Pont des Arts: Tá apaixonado? Suspirando? Cara de bobo? Então essa é a ponte pra você! A pont dês arts é estreitinha, porque é pra pedestre, e tem gradeado de ferro de ambos os lados. Daí que esse gradeado tá lotado de cadeados, e nem é pra prender o aro da bicicleta. Diz a lenda, que se um casal prende na ponte um cadeado desses, e joga a chave no rio, fica unido pra toooodo o sempre. <3. Se quiser o divórcio depois, só fazendo aulinha de mergulho (comentário de gente amarga).
Pont Neuf: Significa ponte nova. Repara na incoerência: ela é a ponte mais velha de Paris. Por lá passou de um tudo, como você pode imaginar. Mas o que eu achei mais interessante foi a plaquinha perto da sua escadaria (passa despercebida), que diz o seguinte: “Neste lugar, Jacques de Molay, último Grão-Mestre dos Templários, foi queimado a 18 de março de 1314". #códigodavincivibe. Mais uma curiosidade, e essa é bem gay: os arcos da ponte são ornamentados com rostos masculinos, que dizem as más línguas, foram inspirados nos cortesãos de Henrique III. A interpretação fica por sua conta, num sei de nada.
Foto by Timot Elliot |
Cês me desculpem, viu? Que eu tô com esse problema. Quando começo a escrever, não consigo mais parar. Daí fica assim: post monstro! Faltou ponte, tá? Mas essas daí, são o que há de melhor.
Pra quem ainda não entendeu, a maioria do conteúdo em itálico significa: escrevi errado de porpósito. E o que tá em roxinho é link.
Bjo, me liga!