Não, esse post não é sobre a Copa. Mas meio que é.
Esse post é sobre aquele sentimento que todo brasileiro adquire durante a Copa, qualquer Copa... até nessa, a Copa do #imagina. Ahãn… tô generalizando. Mas é que eu costumo ser descrente quanto a existência do brasileiro sem o mínimo de comoção futebolística. Até sei de rarissississímas exceções, dessas que preferem assistir Netflix enquanto todas as vuvuzelas do prédio tocam, mas acho que deve ser difícil ignorar toda a vibe ao redor (sem falar do barulho).
De qualquer forma, repito, esse post não é sobre a Copa. É sobre uma peça de teatro, chamada "Um só coração", que trata do "ser humano brasileiro"na Copa. Neste contexto, vários aspectos bem nossos viram temática: jeitinho brasileiro, culturas diversas, povo que ri á toa, que se manifesta (mesmo sem saber como ou porquê(s)), que assiste sempre o mesmo horário eleitoral gratuito, que faz selfie, reclama no facebook, leva bala de borracha… todas essas questões das quais a gente ou se orgulha ou se envergonha.
Mas é comédia? Sim e não. Então é drama? Sim e não. É musical? Sim e não. Basicamente, a peça é sobre o sentimento de SER BRASILEIRO, ou seja, uma grande mistura.
Infelizmente cheguei tarde (apesar de ter assistido a peça duas vezes, durante os ensaios e agora em cartaz), porque só vai ter mais uma exibição. Há quem interessar possa:
Peça: Um só coração da Cia Dom Caixote, em cartaz dia 03/07 às 21h no Espaço Parlapatões, Praça Roosevelt ,158. Moito recomendo!
sexta-feira, 27 de junho de 2014
segunda-feira, 9 de junho de 2014
Festa Junina no Museu da Casa Brasileira
Neste domingo fui a festa junina do Museu da Casa Brasileira. Que, né? Nem parecia uma festa junina. De tão organizadinha.
Eu sou do tempo em que festa junina era uma cena bem roots, sabe? Toda cheia de barraquinhas recheadas com os bolos das tias, quadrilhas mal ensaiadas com músicas tradicionais, sacolinha de prendas cheia de brinquedinhos plásticos do R$1,99 (quando nem existia R$1,99)… Saudades daquela época em que tudo o que eu queria era pescar um peixinho da barraca da pescaria…
Mas eu não estou falando mal da festinha do MCB, tá? Que tava bem bonitinha, bem organizadinha, e não fossem os animadores pentelhos gritando mais alto que pensamento lá do palco, teria sido um programinha bem feitinho pro domingo. É que eu não suporto gritaria no palco! Quando começaram a tocar só uns forrózinhos instrumentais ficou bem mais agradável.
A verdade é que eu estou velha pra essas coisas… fica feio ir brincar na pescaria, eu não tenho mais o que fazer com uma prenda Barbie paraguaia, até correio elegante perdeu seu apelo.
Mas não vou desistir, e até final deste junho, prometo, vou reconquistar meu espírito caipira numa festa bem tradicional! Porque o balão vai subindo e vai caindo a garoa, o céu é tão lindo e a noite é tão boa! Tenho dito!
É nisso que dá escrever post segunda feira de manhã… fica registrado todo um mau humor.
Eu sou do tempo em que festa junina era uma cena bem roots, sabe? Toda cheia de barraquinhas recheadas com os bolos das tias, quadrilhas mal ensaiadas com músicas tradicionais, sacolinha de prendas cheia de brinquedinhos plásticos do R$1,99 (quando nem existia R$1,99)… Saudades daquela época em que tudo o que eu queria era pescar um peixinho da barraca da pescaria…
Mas eu não estou falando mal da festinha do MCB, tá? Que tava bem bonitinha, bem organizadinha, e não fossem os animadores pentelhos gritando mais alto que pensamento lá do palco, teria sido um programinha bem feitinho pro domingo. É que eu não suporto gritaria no palco! Quando começaram a tocar só uns forrózinhos instrumentais ficou bem mais agradável.
Mas não vou desistir, e até final deste junho, prometo, vou reconquistar meu espírito caipira numa festa bem tradicional! Porque o balão vai subindo e vai caindo a garoa, o céu é tão lindo e a noite é tão boa! Tenho dito!
É nisso que dá escrever post segunda feira de manhã… fica registrado todo um mau humor.
domingo, 8 de junho de 2014
Kit Flash Gordon
Neste final de semana, eu e marido comemoramos nosso primeiro ano de casados. Mas já? É, caro leitor… estamos envelhecendo. Tá tudo registradinho nesse post aqui, ó.
Pois eu resolvi que era data pra presente, e pra presente elaborado, por isso criei o Kit Flash Gordon. Quem??? Flash Gordon começou como herói de quadrinhos, e digievoluiu para séries, filmes e desenhos animados. O ídolo do meu marido é o do filme, bem tosco por sinal, produzido no início dos anos 80 (link para trailler). Marido assistiu muito quando criança… pra ele é um clássico. Ouso dizer que Flash Gordon devia estar para as crianças portuguesas, assim como os Goonies estavam para a maioria de nós. Já torturamos um ao outro obrigando-nos a assistir. E vira e mexe, ele coloca a trilha, elaborada pelos Queen, para tocar.
Da trilha constam quotes do filme em si, e foi daí que tirei a idéia. Portanto, agora vos apresento, o Kit Flash Gordon!
1. "No! Not the bore warms!" Nesse saquinho estão minhocas de gominha. Como no filme ninguém descobre o que são as tais bore warms (obviamente instrumentos de tortura), eu realizei que essa seria uma boa forma de ilustrar. Vermes!
2. "Death to Ming!" Ming é o grande vilão. Na caixinha "Death to Ming" tem um canivete suíço, que, né? É pra matar o Ming.
3. "Gordon's Alive!" Frase de um dos personagens mais icônicos do filme, não podia faltar. Gravei na caneca junto com um desenhinho (que achei googlando, não é de minha autoria, me avisa se for sua que registro aqui).
4. "Flash Gordon. Quaterback. New York Jets." Frase de apresentação do Gordon. Achei que caía bem em uma camiseta.
Na caixa do kit em si está gravada a frase "Flash! a-ah! Savior of the Universe!", que é refrão da música tema do filme, e por isso está quotada como "Fred Mercury's quote". Daí saiu a brincadeira da tag, quotada como "Thais Miguele's quote". Todas as demais frases também estão quotadas. E eu nem sei se a palavra "quotada" existe, mas estou usando mesmo assim.
Com exceção do desenho do Prince Vultan todas as outras artes são minhas. Me diverti num grau elaborando, que acho que o presente foi mais pra mim que pra ele! Até porque a nerd da relação sou eu.
Presentes a parte, o que eu quero mesmo, é muitos muitos mais anos juntinhos!
Pois eu resolvi que era data pra presente, e pra presente elaborado, por isso criei o Kit Flash Gordon. Quem??? Flash Gordon começou como herói de quadrinhos, e digievoluiu para séries, filmes e desenhos animados. O ídolo do meu marido é o do filme, bem tosco por sinal, produzido no início dos anos 80 (link para trailler). Marido assistiu muito quando criança… pra ele é um clássico. Ouso dizer que Flash Gordon devia estar para as crianças portuguesas, assim como os Goonies estavam para a maioria de nós. Já torturamos um ao outro obrigando-nos a assistir. E vira e mexe, ele coloca a trilha, elaborada pelos Queen, para tocar.
Da trilha constam quotes do filme em si, e foi daí que tirei a idéia. Portanto, agora vos apresento, o Kit Flash Gordon!
1. "No! Not the bore warms!" Nesse saquinho estão minhocas de gominha. Como no filme ninguém descobre o que são as tais bore warms (obviamente instrumentos de tortura), eu realizei que essa seria uma boa forma de ilustrar. Vermes!
2. "Death to Ming!" Ming é o grande vilão. Na caixinha "Death to Ming" tem um canivete suíço, que, né? É pra matar o Ming.
3. "Gordon's Alive!" Frase de um dos personagens mais icônicos do filme, não podia faltar. Gravei na caneca junto com um desenhinho (que achei googlando, não é de minha autoria, me avisa se for sua que registro aqui).
4. "Flash Gordon. Quaterback. New York Jets." Frase de apresentação do Gordon. Achei que caía bem em uma camiseta.
Na caixa do kit em si está gravada a frase "Flash! a-ah! Savior of the Universe!", que é refrão da música tema do filme, e por isso está quotada como "Fred Mercury's quote". Daí saiu a brincadeira da tag, quotada como "Thais Miguele's quote". Todas as demais frases também estão quotadas. E eu nem sei se a palavra "quotada" existe, mas estou usando mesmo assim.
Com exceção do desenho do Prince Vultan todas as outras artes são minhas. Me diverti num grau elaborando, que acho que o presente foi mais pra mim que pra ele! Até porque a nerd da relação sou eu.
Presentes a parte, o que eu quero mesmo, é muitos muitos mais anos juntinhos!
segunda-feira, 2 de junho de 2014
Sindrome do Regresso
Acho que eu tô sofrendo disso!
Tá, não exageremos. Eu não tô frustrada, depressiva, nem querendo ir embora. Na verdade, eu tô adorando retornar para São Paulo. Estou lidando muito bem com isso, e acho que os motivos são dois:
1. Faz mais de 15 anos que saí de São Paulo pela primeira vez, e nesse interim mudei de países, estados e cidades várias vezes. Tudo no plural. Acho que já tive a minha cota de traumas por mudanças. Hoje em dia, eu não tenho traumas. Eu tenho um vício. Vício de mudar. Estar sempre explorando novos ares. E é exatamente isso que estou fazendo em São Paulo agora. Explorando como se nunca tivesse sido moradora antes. Como se não tivesse nascido aqui. E convenhamos, a cidade mudou tanto que agora só tenho assim um leve deja vu vez em quando. Até o sotaque da cidade mudou. Eu sou do tempo que só os "mano" se chamavam de "mano".
2. Eu fiz escala de moradia em Londres antes de voltar pro Brasil. Se tivesse vindo direto de Angola, daí o sentimento seria bem pior. Mas como assim? Angola não é um país praticamente estrutura zero, o oposto completo de Londres? Você não deveria estar sentindo falta da pontualidade inglesa ao invés do trânsito angolano? Sim, caro leitor, mas não estou. Porque em Angola eu tinha minha família de amigos, sabe como é? Um bando de expatriados se apegando uns aos outros como irmãos. E vivendo intensamente todos os momentos, que sabíamos, um dia acabariam. Em Londres não deu tempo de nada disso. Nem de fazer amizade, nem de criar laços, nem de ter lembranças de porres memoráveis cazamiga...
Em resumo, é disso que estou sentindo falta. DOS AMIGOS. Antes que alguém se ofenda, vou logo explicando: claro que tenho pessoas muito queridas aqui na cidade. Meus primos, meus tios, minha melhor amiga do ginásio por exemplo, amo todos. Mas eles estão quase há uma Zona de distância. E as distâncias em São Paulo, ui, não são bolinho. Tem também o povo do trabalho, mas, como reclamar do povo do trabalho para o povo do trabalho? Sendo demitida em 3, 2, 1...
Não, sério, o ruim de chegar assim em uma cidade que tem tudo (universidades, empregos e oportunidades) é que muita gente nem saiu daqui. Então que todo mundo passou uma vida inteira no mesmo lugar formando suas turminhas, geralmente por afinidade, acaso do destino. Não é por mal que você não se encaixa nas tchurminhas. É por falta de costume. Afinal, como de repente se tornar uma dazamiga? Dessas que vêm com coleções de piadas internas? De fofocas infinitas? De noites acordadas? Não dá, não rola. Leva tempo. E em São Paulo falta tempo. Falta disponibilidade... e eu super entendo.
Eu sei que vai chegar o dia em que eu vou ler isso aqui, dar risada e ligar prazamiga. Espero que este dia chegue ontem!
"...Algo que passou a ser observado, é que muitos brasileiros que deixaram o país, ao retornarem, estão sofrendo de depressão, crises de pânico e falta de estímulo. É a chamada Síndrome do Regresso..."
Tá, não exageremos. Eu não tô frustrada, depressiva, nem querendo ir embora. Na verdade, eu tô adorando retornar para São Paulo. Estou lidando muito bem com isso, e acho que os motivos são dois:
1. Faz mais de 15 anos que saí de São Paulo pela primeira vez, e nesse interim mudei de países, estados e cidades várias vezes. Tudo no plural. Acho que já tive a minha cota de traumas por mudanças. Hoje em dia, eu não tenho traumas. Eu tenho um vício. Vício de mudar. Estar sempre explorando novos ares. E é exatamente isso que estou fazendo em São Paulo agora. Explorando como se nunca tivesse sido moradora antes. Como se não tivesse nascido aqui. E convenhamos, a cidade mudou tanto que agora só tenho assim um leve deja vu vez em quando. Até o sotaque da cidade mudou. Eu sou do tempo que só os "mano" se chamavam de "mano".
2. Eu fiz escala de moradia em Londres antes de voltar pro Brasil. Se tivesse vindo direto de Angola, daí o sentimento seria bem pior. Mas como assim? Angola não é um país praticamente estrutura zero, o oposto completo de Londres? Você não deveria estar sentindo falta da pontualidade inglesa ao invés do trânsito angolano? Sim, caro leitor, mas não estou. Porque em Angola eu tinha minha família de amigos, sabe como é? Um bando de expatriados se apegando uns aos outros como irmãos. E vivendo intensamente todos os momentos, que sabíamos, um dia acabariam. Em Londres não deu tempo de nada disso. Nem de fazer amizade, nem de criar laços, nem de ter lembranças de porres memoráveis cazamiga...
Em resumo, é disso que estou sentindo falta. DOS AMIGOS. Antes que alguém se ofenda, vou logo explicando: claro que tenho pessoas muito queridas aqui na cidade. Meus primos, meus tios, minha melhor amiga do ginásio por exemplo, amo todos. Mas eles estão quase há uma Zona de distância. E as distâncias em São Paulo, ui, não são bolinho. Tem também o povo do trabalho, mas, como reclamar do povo do trabalho para o povo do trabalho? Sendo demitida em 3, 2, 1...
Não, sério, o ruim de chegar assim em uma cidade que tem tudo (universidades, empregos e oportunidades) é que muita gente nem saiu daqui. Então que todo mundo passou uma vida inteira no mesmo lugar formando suas turminhas, geralmente por afinidade, acaso do destino. Não é por mal que você não se encaixa nas tchurminhas. É por falta de costume. Afinal, como de repente se tornar uma dazamiga? Dessas que vêm com coleções de piadas internas? De fofocas infinitas? De noites acordadas? Não dá, não rola. Leva tempo. E em São Paulo falta tempo. Falta disponibilidade... e eu super entendo.
Eu sei que vai chegar o dia em que eu vou ler isso aqui, dar risada e ligar prazamiga. Espero que este dia chegue ontem!
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