Pra desambiguar: esse post não é sobre a bandinha de pagode do Belo (Mel, sua boca tem o Mel), aquele feio. É sobre o bairro de Johanesburgo que simboliza a luta revolucionaria contra o Apartheid. Porque ser negro durante o Apartheid não era bolinho. Eu não vou falar muito a respeito que é pra não deprimir, mas num resumão, os direitos eram poucos e as injustiças... nussa, eram móooitas!
Foto by Marcos Couto |
Então que o governo do Apartheid criou umas leis educacionais sem noção, e os estudantes negros foram pra rua, manifestar (esses, ao contrário dos da USP tinham motivo). Realiza uma criançada na rua fazendo bagunça. Mas pensa que era uma bagunça pacífica e cheia de razão. A puliça não pensou. Nem mesmo considerou colocar de castigo olhando pra parede. E saiu distribuindo tiro. Que deselegante!
Foram cerca de 700 crianças assassinadas na hora ou depois, na cadeia. A primeira delas no auge dos seus 12 anos, virou manchete! Hoje em dia tem um Museu em Soweto com o nome do primeiro garoto assassinado: Hector Pieterson.
A opinião pública internacional chocou, e se já vinha dando um gelo comercial na África do Sul, depois dessa, rasgou cartãozinho e excluiu do Facebook de qualquer negociação.
Por aí percebe-se que as mentes pensantes da revolução estavam no Soweto, né? Mandela, por exemplo. A casa que pertenceu à família dele, hoje é Museu. E era lá no Soweto, na igreja Regina Mundi, que aconteciam as reuniões clandestinas do ANC, partido opositor ao governo (hoje, partido do governo). A coitadinha tá cheia de cicatriz de batalha.
Hoje Soweto é um bairro de classe média multi-colorido. Winnie Mandela, a segunda esposa de Nelson tem um mansãozinha lá no meio. Eu vi o jardineiro, e ele usa uma coroa. ¬¬
Pra visitar todos esse lugares, o ideal é contratar um guia. Se você deixar recadão do coração aí nos comments pedindo indicação, conheço um super jóinha.
O jardineiro da Winnie |