Houve um tempo em que pogramão de sábado a noite em Luanda era assistir miúdo dançando kuduro na TPA e/ou se enfiar dentro do mosquiteiro, e ficar se abanando. (Bocejos).
Luck me que não sou assim taaaaaaão velha, e quando cheguei aqui a Chillout já existia.
A Chillout é típico inferninho básico de cidade litorânea: na beira da praia, todo aberto, com tendinha (Circus referência) pra lá e pra cá, estilinho El Divino Beach* (tem até colchão branco perto da areia... aff, plágio). Toda noite funciona o restaurante a la carte, que cobra vários dinheiros pra servir folhinha decorada no meio do prato.Luck me que não sou assim taaaaaaão velha, e quando cheguei aqui a Chillout já existia.
Mas quando bate o sino (pequenino, sino de Belém) das 0:00h, o chef vira abóbora, o César (DJ residente foréva) começa a tocar, e a pista lota de expatriado suando. Uma visão do paraíso.
Do lado de fora, forma-se uma super-bicha (aloka), e os hostess simpáticos, só deixam entrar quem é VIP (virgem, inadimplente e puritano). Do lado de dentro, é todo um mapa-mundi misturado: tem libanês, português, canadense, espanhol, israelense, americano, genérico...
Quer dizer, tinha, né? Porque o mundo gira, a roda gira, a pomba-gira, o pogresso chega, e a concorrência também. Hoje, a Chillout caiu em desuso, tá toda tia-velha. Eu, que sou clássica, ainda me monto de diva pra aparecer lá vez em quando. Afinal, são tantas emoções!
Hoje em dia, expatriado novo da casa, faz post em blog, começando assim: Houve um tempo em que pogramão de sábado a noite em Luanda era ferver na Chillout. Aix, até me ataca as artrite.
* El Divino Beach é em Floripa, desculpa aê.