Povo de terceiro mundo tem toda uma visão mágica da Europa, certo? A gente acha que por lá só tem elfo, fada, Gollun (my preciousssss). A gente crê que toda paisagem é digna de StockPhoto sem royalt free. A gente sente que pegou complexo de inferioridade assim que desce do avião.
Daí, cheguei em Madrid, e tive certeza que o trem fez curva errada e caiu em SP. Cheguei até a procurar um busão Praça Ramos. Isso porque Madrid é sujinha, feinha, toda pichadinha, um verdadeiro nojinho. Aposto que eles colocam a culpa na imigração (típico!). Só pra constar primeiro mundo: São Paulo já fez isso e não colou. A imigração acabou e a decadência continua (oi?).
Se eu já não estava curtindo horrores, imagina a raivinha batendo, quando na porta do Museu do Prado, descobri que Velásquez estava fora da área de serviço / ou desligado. Pasmei! Vi “as meninas” do Picasso no Museu da Rainha Sofia (creep!) e dei uma voltinha pelo Museu de cera. Mas só passei a me realizar enquanto turista quando cheguei ao Palácio Real. Ok, isso São Paulo não tem!
O Palácio Real de Madrid é mara! Tem toda uma coleção de papel de paredes centenários/vintages luxo. Ficadica Tok Stock, pra próxima coleção! E por fora tem um daqueles super-jardins com labirinto, que é pra gente se jogar e se perder. Por ali gari deve ganhar melhor, porque é tudo bem limpinho.
Pra noite tem a Plaza Mayor: um quadradão rodeado por prédinhos antigões . No meio do quadradão tem estátuas (mortas e vivas), e embaixo de cada prédio tem um restaurante diferente. Artista itinerante tem tanto que chega a dar poluição sonora... humpf!
Tá bom, confesso, era minha TPM falando! Mas viagem terminada o balanço é o seguinte: valapena Barcelona pros cosmopolitas, Valência pro baile tudo, e Granada pros desapegados. O resto eu pulava fácil. Se joga!
Foto 2: Palácio Real
Foto 3: D. Quixote e Sancho Pança