domingo, 18 de agosto de 2013

Brick Lane e arredores.

Reparou no meu arranjinho de cabelo do post anterior? Que eu vou usar no dia do meu casamento? Comprei baratinho lá em Brick Lane.
Ainda tenho muito que explorar da região, mas o pouco que sei já dá um bom walking tour. Um walking tour baseado em feirinhas variadas: de artesanato, antiguidade, gastronomia... bóra?

Foto daqui ó: http://welwynhatfield.co.uk

Comecemos pela Liverpool Station, porque, né? Estação é daonde a gente desembarca. É sempre um bom ponto de partida. Foi essa estação que bombou (no mau sentido) com ataque terrorista em 2005. Não sei como, viu? O lugar parece super seguro. Tem barraquinha de frutas lá dentro... ói que saudável!

A escultura da cabrinha do lado de fora do mercado (????)

A gente anda um tiquinho pra chegar no Old Spitafields Market. É véi! E véi é trendy, véi is the new modern. Ali dentro, e em volta, tudo é muito charmosinho. O mercado é coberto, cheio de tendinhas de roupitchas e artesanatos, principalmente aos domingos. Cafézinhos e lojinhas fofas. Há muito o que explorar ali mesmo, naquele quarteirão.




Mas nós vamos mais além, tá? Vamos até Brick Lane Street, que é uma rua pura cultura! A região sempre foi refúgio de imigrantes: dos huguenotes durante a perseguição religiosa na França; dos judeus durante as duas guerras do mal; e nowadays, do povo de Bangladesh. Well, a rua tem de um tudo! Muitos brechós, muitos restaurantes que cheiram a curry de lado de fora, muitas feirinhas de antiguidade, tendinhas com comidinhas variadas, intervenção de arte urbana. Foi por aí que encontrei meu arranjinho de cabelo, mas eu não saberia, assim de cabeça, apontar exatamente aonde.


Por outro lado, posso apontar um lugar legal pra fazer um lanchinho judeu: o Beigel Bake. Uma experiência bem british. O Beigel Bake não é elegante. Não é bonitinho. Nem tem onde sentar. Parece até sujinho. Mas beigel é lanche com furo no meio. O meu vem recheado com cream cheese e salmão.
Óbvio que esse não é o único lugar legal de comer. Tem por ali um galpão que faz feira gastronômica aos sábados. De novo, eu não saberia apontar exatamente aonde fica. Mas, também, é só deixar o estômago achar o caminho pelo faro.


Pelo faro, se for domingo, dá pra chegar também no Columbia Road Market, o mercado das flores! Onde acaba nosso walking tour.



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terça-feira, 13 de agosto de 2013

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Relationship evidence

Estou em pleno processo de retirada de family visa pra mó de voltar pra Inglaterra, pra perto do maridinho. Entre os documentos requeridos, estão os relationship evidences, o sea, provas de que nosso relacionamento é de verdadinha, e não de mentirinha. Fotos, troca de e-mails, passagens aéreas, páginas do feice... tudo isso serve. Mas kd? Quase não há. Que sempre fomos muito discretos, na base do exagero. Afinal, situação complicada a nossa, né? Pessoas de continentes diferentes, se conhecendo num mais diferente ainda, aonde estariam por um tempo provisório, determinado por vínculos empregatícios. Tudo muito incerto... Tudo muito frágil. Quem faz declaração de amor pública numa situação dessas? (Todos faz!)

Intaum, quando começamos a juntar as tais das evidências, eu me dei conta de que do nada, feito susto, publiquei aqui um post chamado "Casei!". E vocês aí do outro lado, devem ter pensando: "ué, mas ela tinha namorado?". Porque, assim como o povo do consulado inglês, vocês também não tem muitas relationship evidences.

Marido vai protestar, mas o blog é meu, né? E eu resolvi que vou "contar" em ordem cronológica de posts, nossa historinha de amor, do meu ponto de vista, lógico. Mas não espere detalhes sórdidos... que eu continuo tímida.

Nos conhecemos na Chillout, que é pra ser do contra com puritano que enche a boca pra dizer "ninguém conhece marido/esposa na balada". Conheci, tá? Chupa essa manga! Foi pouco antes desta viagem aqui, ó. Minha primeira viagem solo. O post foi publicado com muito atraso, o que é de praxe neste blog, né? Mas a viagem aconteceu no começo de agosto, o que quer dizer que nos conhecemos no final de julho de 2009. E desde então nos encontramos, pelo menos, uma vez por semana, a não ser nas férias. Ainda assim, não existia status de namoro... evoluímos devagarinho. Mas, na época deste post aqui, ó, eu já estava pega... já fazia coraçãozinho em volta do nome dele com bic 4 cores. Só um acréscimo ao drama da época.

Em 2011, ele começava a ser citado no blog. Taquí no finalzinho deste post, ó. Neste aqui também. E neste do DIY de Páscoa. Antes da viagem pra Paris, fiz escala no Porto, pra encontrá-lo e - pânico - conhecer a sogra. Sobrevivi, pra contar a história. Mas não contei. Ele, por sua vez, foi conhecer minha família no final deste mesmo ano, no Uruguay. Passamos o Reveillon juntos, e fizemos viagenzinha relâmpago pra Argentina. Mas acho que só fui clara sobre o "estar namorando", estilo categoria relationship evidence, neste post aqui sobre o DIY de Valentyne's Day. E neste outro sobre o Chá de Jasmim (o mais visitado da história do meu brog).

Em 2012 entramos em crise, em fase de decisões, estávamos numas de "ou vai ou racha". Rachamos! Eu nem sou muito de desabafos, mas o stress era grande, e rolou um neste post. Não foi fácil, nem feliz, ao contrário do que possa parecer neste post aqui. Mas também não durou muito, e há essa altura, já estávamos juntos de volta, só que ele em Londres, e eu em Angola. That's why I left.

Coisa de menininha, né? Isso de desistir de tudo por amor. Eu também pensei isso. Eu não só pensei nisso, como entrei em crise por conta disso. Afinal, desistir de tudo não era grandes novidades. Eu já tinha feito antes, algumas vezes, só que pela carreira. Por amor, é coisa de novela, de filme pra adolescente, de "Crepúsculo". Não foi fácil trabalhar a ideia na minha cabeça. Mas aconteceu, aqui ó.

O reencontro com namorado foi fofo! Oinnnnn! Comemoramos passando reveillon no Rio, e, por que não? Turistando em São Paulo. Chegando em Londres foi que perdi a vergonha na cara. Fiz post sobre o Valentyne's Day again, passei a citar namorado com mais frequência, à toa. Até postei descarada, fotos do momento noivado em Windsor. De lá pra cá, só alegria, viajamos juntos pra Berlim, Oxford, Ceiroquinho. Mudamos de casa. Decoramos (na medida do possível). Casamos. E ainda vamos casar (no religioso) no Brasil. Aqui no blog, ele passou de namorado à marido. E agora, é só viver o "felizes para sempre".


Esse foi o meu máximo éva de exposição no blog. Criando evidências...

Agora tô aqui com a letra gritando na cabeça: "E nessa loucura, de dizer que não te quero, vou negando as aparências, disfarçando as evidências..."


sábado, 3 de agosto de 2013

The People's Palace

Tem coisa melhor que "fazer nada"? Tem, né? Mas não vem ao caso.
O caso é que, tem dia que só o que uma pessoa quer, é fazer nada. Tipo, dia de chuva, no inverno. É normal querer "fazer nada" assistindo filminho debaixo das cobertas. Ou "fazer nada" tomando cafezinho no meio de uma tarde. Conheço quem "faz nada" jogando Candy Crush (né, mãe?). E, em Londres no verão, o povo gosta de "fazer nada" lagarteando nos parques. Eu já falei isso antes, né? Repetitiva...

Domingo é dia oficial de "fazer nada". Acontece sempre comigo. Aconteceu há alguns findis, e calhou de ser aniversário do Alexandra Park, que alberga o Alexandra Palace. Fui lá "fazer nada"...


Noussa, que palácio lindo-monumento! Sério, é gigantão! Fiquei lá admirando aquelas janelonas, imaginando Alexandra e toda a sua côrte perambulando nos corredores, vivendo algum conto de fadas. Qual não foi minha decepção quando descobri que ele nunca serviu de moradia?
O Alexandra Palace foi concebido pra ser local de recreação popular. Teve, desde sempre, rinque de patinação, teatro, sala de concertos, galeria de exposições... em algum momento, existiu até piscina pública. Piscinão de Ramos aê! Seu nickname até hoje é "the people's palace".

Apesar do conceito pura-felicidade, nem sempre a história do Palácio foi essa alegria. Já sofreu dois incêndios, um deles poucos dias depois da inauguração, com algumas mortes resultantes; foi bombardeado durante a II Guerra; e, supostamente, serviu como objeto de lavagem de dinheiro pelo Fundo de Caridade que a gere. Mas o pior: serviu de campo de concentração para cidadãos austríacos e alemães durante a I Guerra do Mal.

Well, a vibe durante o aniversário não refletia! Estava bem feliz e animada! Cheia de atrações pra quiançada.


1. No site do Alexandra Palace a gente encontra toda uma agenda de eventos, de shows a feiras de DIY.
2. A primeira exibição de alta qualidade da BBC aconteceu através dos estúdios que funcionavam no palácio.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

A day and a night in Luanda, the world's most expensive city

By Claudio Silva, for CNN
August 1, 2013 -- Updated 1225 GMT (2025 HKT)

(CNN) -- For the second time in three years, the African city of Luanda has been declared the most expensive city in the world for expats by Mercer, a human resources consulting firm.
While it's true that most of the Angolan capital's population lives in poverty on the outskirts of the city, in the center, Porsche Cayennes share the road with Cadillac Escalades and the latest Range Rovers.
Hugo Boss makes such a killing here that it opened a second store within walking distance of the first.
For those not familiar with Luanda, however, the ranking may come as a surprise.
Tokyo (which took top spot in Mercer's survey last year) makes sense as the world's most expensive expat city.
So might Moscow or New York.
But Luanda?

What's it like to visit?
So, what's this scandalously expensive place -- where a mid-level expat professional might earn $10,000 a month -- like to visit?
First, some context.
Luanda is the capital of Africa's second largest oil producer, Angola (Nigeria beats it), a rising political and economic powerhouse.
Yet the country also suffered a destructive and violent 27-year civil war, ending only in 2002, which crippled its infrastructure and decimated its ability to produce its own food.
As a consequence, almost everything in Luanda has to be imported.
Heavy import duties, along with high taxes and monopolized supply chains linked to the powerful political elite further drive up the price of goods and services to astronomical levels.
Then there's institutional corruption, which creates high prices through price fixing and price collusion.

Sky-high hotel bills
Hotels are the visitor's biggest expense.
Despite more opening in recent years, prices have remained stuck at about $500 a night for five-star hotels, $350-400 for four-stars and $300-350 for mid-level lodging.
A meal at Luanda's smartest restaurants will easily top $100 per person, including appetizers and drinks.
Such prices can be supported only by expats working for multinational companies and wealthy Angolans who work for the country's burgeoning oil and banking sectors.
Most Luandans, by contrast, live on the city's periphery and make vastly inferior incomes.
While a mid-level banking professional might take home $8,000-$10,000 a month, a driver or housemaid makes $500 a month, if the boss is feeling generous.
Luxury car traffic jams may be a common sight in the capital, but the roads are appalling and public services -- from driver's license renewal to the post -- are horrendous.
(Perhaps send your postcards after leaving the country.)
Still keen to go?
Luanda is a dynamic, albeit challenging, place to visit and one you're unlikely to forget.
But it doesn't have to be prohibitively expensive -- if you know where to look.

A 'cheap' day and a night
Say you're in Luanda for a day and a night.
You'll need a hotel: Epic Sana Luanda (Rua da Missão, Mutamba; +244 222 642 600; from $500 a night) is considered the best in the city, with prices to match, while Executive Hotel Samba (Rua da Samba s/n, Samba, Luanda; +244 915407117; from $300), offers rare decent value, all things considered.
As soon as you step out of the hotel door, the only way to avoid a cash hemorrhage is to follow the age-old expat line and start living like a local.
The city doesn't have much in the way of museums and public parks, but it's worth walking along the recently refurbished Marginal, the seafood promenade that stretches from the local port to the Ilha, the peninsula jutting into Luanda Bay.
If you do, keep an eye on the imposing, whitewashed Portuguese fort perched on a hill overlooking the city; once you get close, take a left, go up the hill and you'll find an armed forces museum (+244 222 373 623) located inside the structure.

Beach life
Beaches are a must in Angola in summer.
Near Luanda, Mussulo Island is a spit of land with thatch-roofed restaurants and hotel bungalows on one side and miles of deserted beach, with fantastic waves, on the other.
You can catch water taxis out to Mussulo at the Embarcadouro dock ($5) and spend the day there.
Another option is to get out of Luanda altogether and head 40 kilometers south to the Miradouro da Lua, a beautiful landscape of cliffs, pinnacles and valleys stretching toward the horizon.
Dotted with baobab trees, the long, empty savanna will make you question why everyone stays crammed in the city.
At Cabo Ledo, about 150 kilometers south of Luanda, you'll find some of the country's finest beaches, excellent for surfing.

Angolan cuisine
Angola has a culinary tradition influenced by 500 years of Portuguese colonization and seafood from more than a thousand kilometers of coastline.
In the Mutamba, Luanda's central business district, a good spot for lunch is Tendinha(Rua da Missão 16, Mutamba; +244 923 542 868), a friendly Angolan bistro where the beer is cold and the food is cheap. It's within walking distance of some of the city's most popular hotels and the average check is $20.
At Ilha, where many of the city's best restaurants are located, two low-key favorites are Casa do Peixa da Gabela (Rua Massano de Amorim, Chicala) and Restaurante da Dona Bela (Rua Massano de Amorim, after Poupalá on your left side; it has blue walls and white bars on the outside).
At both places you can eat a feast -- featuring excellent mufete, a local delicacy of beans stewed in palm oil, grilled tilapia, onion vinaigrette, boiled plantains, sweet potatoes and yucca -- for about $17.
For dinner, on the fringes of central Luanda in the Bairro Popular you can try the excellent cuisine of Angolan master chef Rui Sá at his Restaurante & Bar 688 (Rua da Janela Aberta, Bairro Popular, Luanda; +244 943 256 193).
Entrees here rarely top the $30 mark, and if they do it's because you're getting enough food for two.

Splurge time
And if you want to splurge -- this is the world's most expensive city, after all -- Lookal Mar (Rua Murtala Mohamed 15, Ilha do Cabo, Luanda; +244 936 000 018/9) is the king of Luanda restaurants.
Entrees here can cost $150 -- seafood is flown in from Portugal three times a week.
You're spoiled for choice if you want to prolong your night in Luanda.
The city's new nightlife darling is the Switch Supper Club, in the bowels of the Epic Sana Hotel.
But you could skip the $40 minimum spend there and experience true Luanda nightlife at the W Club -- where there's all kinds of music, a welcoming crowd and the $20 cover includes three drinks.

Claudio Silva runs the Luanda Nightlife website.
link original aqui.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Kensington Palace

Adivinha quem já morou no Kensington Palace? Ela é super exibida, tem estátua por toda a Londres. Ela já ganhou post aqui, por conta de um romance tórrido. Ela era baixinha-gordinha-feinha, mas foi retratada nas telonas por uma atriz toda-linda-elegante. Não, não é a Bruna Surfistinha. Essa última dica foi só pra te confundir.

Foi a Rainha Victoria! (Retratada por Emily Blunt em The Young Victoria).

Foto da Vic pra vc não achar que estou só sendo maldosa.

A visita ao palácio apresenta a exposição Victoria Revealed. Nada mais, nada menos que um tour por cômodos onde ela viveu, cronologicamente ambientados, e, "a cereja do bolo", com passagens descritas por ela própria através de transcrições de seus póprios diários. Adourei ao quadrado!

Mas não é só isso. Tendo em vista que ela não foi a única habitante real, existem mais duas alas: The Queen's Apartments e The King's Apartments, contando respectivamente as histórias da Rainha Anne, da Rainha Mary II e do Rei George. A iluminação, delicadeza de cenário, soundtrack sussurrado criam um clima todo mágico para essas histórias reais. 

Mas não é só isso. Uma parte do Queen's Apartment é reservada para exposição de vestidos reais. Reais no duplo sentido da palavra. Reais porque são de verdade, e reais porque foram usados pela Rainha na década de 50, pela irmã da Rainha (Margareth) nas décadas de 60, 70, e pela Lady Dy nas décadas de 80, 90. Aliás, se não me engano, Dy também morou por ali.


Mas não é só isso. Lá fora tem o Kensington Gardens, o jardim real. Repara na foto, que lindeza!


Esse foi o adendo ao qual me referi no post anterior. Kensington Palace ganhou um post pra chamar de seu!