Por que este blog está tão abandonado?
Porque sim, Zequinha.
Porque sim não é resposta!
É com essa introdução que vos digo que consegui ir (e entrar) na tão requisitada exposição do Castelo Rá-Tim-Bum. Rá-Tim-Bum!
Depois da exposição dos gêmeos, prometi pra mim mesma que fila pra exposição NUNCA MAIS. Por isso, quando eu soube que iam abrir a venda de ingressos para sábado, 18 de outubro, no site, fiquei de prontidão, de página aberta, no computador. Na hora marcada abriram as vendas, e em menos de um minuto, os ingressos já tinham acabado… sério, muita frustração! Eu apertava o F5 compulsivamente e só via horários em vermelho na minha frente. Até que, ainda na base da compulsão, apertei mais um F5 e o horário das 23h30 apareceu verdinho, liberado. Nem pensei… nem pensei que no sábado a noite eu podia ter uma vida social a manter, ou que meu marido ia ter certeza que eu tinha um amante, porque, quem é que vai acreditar na história esdrúxula de uma exposição infantil nesta data e neste horário? Comprei o ingresso, e lá estava eu, no MIS, num sábado a noite pronta pra entrar no castelo.
A exposição tá bem legal, bem montadinha, com todos os cenários, os bichinhos, os figurinos, as anotações dos diretores e produtores, a evolução dos conceitos, entrevistas inéditas com cada um dos participantes. Mundinho dos sonhos, mesmo, sabe? É como desvendar a mágica, mas continuar encantado com ela.
Acho que tio Sílvio devia fazer o mesmo com o Chaves! Tô na espera!
domingo, 16 de novembro de 2014
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
Sobre o blog no blog
Ai, tô animada! A Liza do Long Story (que até estes dias era London, babe) me indicou pra responder um questionário sobre o meu blog aqui no blog. É a oportunidade deu ficar tagarelando sobre euzinha própria, sem parecer to much egocêntrica! Valeu, Liza!
1. Por que você decidiu criar o blog?
Eu sempre fui pessoa de fazer diarinho. Sempre! Não tenho lembrança de um momento na minha vida sem diarinho. Nos anos 80 era caderninho com cadeado e folha decoradinha. Nos 90, era agenda infechável de tanto clipe. E agora, na era digital, é blog.
Acho que, sei lá, isso supre a minha necessidade de escrever. Porque tem uma escritora de best sellers escondida aqui dentro de mim, sabe?
2. Seus propósitos com o blog já mudaram desde que você o criou?
Pra caramba. O nome fora de contexto mostra bem isso. O blog começou como diário de viagem, quando comecei a expatriar em Angola. Só que eu só escrevia sobre minhas férias, então passou a parecer blog de viagem mesmo. Neste meio tempo, fui de Angola pra Londres, de Londres voltei pro Brasil, casei, virei decente, enfim… Hoje o blog nem sabe para que existe, mas existe. Está assim, assim, meio sem identidade. Tento escrever sobre tudo de legal que faço aqui por São Paulo, que é pra mostrar que a cidade tem muito mais do que manifestações. E quando eu me encontrar, ele vai se encontrar também.
3. Você já teve algum problema por causa do blog (publicidade, comentários negativos-ofensivos, fofoca, etc)? Como você reagiu?
Olha, com este blog aqui, nunca tive problemas. Mas antes deste, tive um que começou em 2003, e que quase acabou porque o namorado da época morria de ciúmes. Magina, gente, ciúmes de um blog? Aconteceu que o namoro acabou, e a mania de blogs permanece.
4. O que o blog te trouxe de bom?
Ah, conheci muito gente legal. A maioria ficou na plataforma virtual mesmo, mas nem por isso tem menos importância. Engraçado como de vez em quando, aquela pessoa que está lá longe, e que a gente nem conhece, consegue trazer um conforto tão grande. Que isso? É amizade? É só identificação? Não sei, só sei que é bom.
5. Qual post te deu mais orgulho em ter escrito?
Noussa, que pergunta difícil! Sei não. Mas tem uns do começo do blog que arrancavam risadas altas do pessoal do escritório, tipo estes: "Minhas olheiras", "Numa terra bué distante", "Coisa de Tuga".
Agora vou indicar três vítimas pra continuar a corrente: A Luciene, do "Do Lado de Cá do Atlântico", o Flávio, do "Pausa Dramática", e a Camila, do "I misbehave". Não se sintam pressionados, tá? Só participem se for bem legaus pra vocês como foi para mim. E beijinho!
1. Por que você decidiu criar o blog?
Eu sempre fui pessoa de fazer diarinho. Sempre! Não tenho lembrança de um momento na minha vida sem diarinho. Nos anos 80 era caderninho com cadeado e folha decoradinha. Nos 90, era agenda infechável de tanto clipe. E agora, na era digital, é blog.
Acho que, sei lá, isso supre a minha necessidade de escrever. Porque tem uma escritora de best sellers escondida aqui dentro de mim, sabe?
2. Seus propósitos com o blog já mudaram desde que você o criou?
Pra caramba. O nome fora de contexto mostra bem isso. O blog começou como diário de viagem, quando comecei a expatriar em Angola. Só que eu só escrevia sobre minhas férias, então passou a parecer blog de viagem mesmo. Neste meio tempo, fui de Angola pra Londres, de Londres voltei pro Brasil, casei, virei decente, enfim… Hoje o blog nem sabe para que existe, mas existe. Está assim, assim, meio sem identidade. Tento escrever sobre tudo de legal que faço aqui por São Paulo, que é pra mostrar que a cidade tem muito mais do que manifestações. E quando eu me encontrar, ele vai se encontrar também.
3. Você já teve algum problema por causa do blog (publicidade, comentários negativos-ofensivos, fofoca, etc)? Como você reagiu?
Olha, com este blog aqui, nunca tive problemas. Mas antes deste, tive um que começou em 2003, e que quase acabou porque o namorado da época morria de ciúmes. Magina, gente, ciúmes de um blog? Aconteceu que o namoro acabou, e a mania de blogs permanece.
4. O que o blog te trouxe de bom?
Ah, conheci muito gente legal. A maioria ficou na plataforma virtual mesmo, mas nem por isso tem menos importância. Engraçado como de vez em quando, aquela pessoa que está lá longe, e que a gente nem conhece, consegue trazer um conforto tão grande. Que isso? É amizade? É só identificação? Não sei, só sei que é bom.
5. Qual post te deu mais orgulho em ter escrito?
Noussa, que pergunta difícil! Sei não. Mas tem uns do começo do blog que arrancavam risadas altas do pessoal do escritório, tipo estes: "Minhas olheiras", "Numa terra bué distante", "Coisa de Tuga".
Agora vou indicar três vítimas pra continuar a corrente: A Luciene, do "Do Lado de Cá do Atlântico", o Flávio, do "Pausa Dramática", e a Camila, do "I misbehave". Não se sintam pressionados, tá? Só participem se for bem legaus pra vocês como foi para mim. E beijinho!
terça-feira, 7 de outubro de 2014
Histórias Mestiças
Pensa se eu não estou com saudades de Angola?
Estes dias entrei no Tommie Otahke assim só por entrar, e acabei dando de cara com uma exposição toda africanizada. Encheu o zóinho de lágrima. Já posso voltar, seu ZéDu?
A exposição se chama Histórias Mestiças e tem um montão de peças influenciadas pela mescla África/Brasil. É muita fonte de inspiração! Como diz a frase abaixo:
Uma das partes mais legais é essa instalação, que por fora é um cabanão de lençol, tipo dos que a gente montava quando era quiança, e por dentro é um labirinto com cheirinhos e sonzinhos que desemboca numa sala, tipo de ritual.
Legais também são as comparações antropológicas entre Angola e Congo… ai, saudades! Já posso voltar?
Estes dias entrei no Tommie Otahke assim só por entrar, e acabei dando de cara com uma exposição toda africanizada. Encheu o zóinho de lágrima. Já posso voltar, seu ZéDu?
A exposição se chama Histórias Mestiças e tem um montão de peças influenciadas pela mescla África/Brasil. É muita fonte de inspiração! Como diz a frase abaixo:
Uma das partes mais legais é essa instalação, que por fora é um cabanão de lençol, tipo dos que a gente montava quando era quiança, e por dentro é um labirinto com cheirinhos e sonzinhos que desemboca numa sala, tipo de ritual.
Legais também são as comparações antropológicas entre Angola e Congo… ai, saudades! Já posso voltar?
segunda-feira, 29 de setembro de 2014
Caixa Cultural da Sé
Era só eu que não sabia da existência de um Museu da Caixa Econômica Federal no meio da Praça da Sé? Era, né? Não que as pessoas se interessem por um Museu da Caixa Econômica Federal. Quer dizer, qual é a graça em ver museu de banco? Principalmente deste banco em questão, sempre com filas eternamente infinitas e infinitamente eternas.
Bom eu, eu me interesso por Museu de Banco. Porque um banco fala muita da história de um país. E a Caixa Econômica em especial foi criada pelo Dom Pedro II, imagina. Uma idosa! Já viu e acompanhou muita mudança de moeda, governo, tendência econômica...
O Museu da Caixa fica lá no sexto andar do prédio art decó da Caixa Cultural. E é bem parecido com o Bank of England Museum. Só que do Brasil, né? Tem trajetória de layout das cédulas de dindin, história do sistema de poupança e loterias no país, remontagem de salas das primeiras instituições financeiras (lembra um cenário assim meio velho oeste), etecetera.
As pessoas costumam ir na Caixa Cultural por outros motivos: assistir um show, um espetáculo, visitar alguma exposição temporária… Inclusive, no dia em que fui, estavam rolando três exposições, mas nada que eu tenha considerado marcante. Eu gostei mesmo de ver a foto da primeira clienta da Caixa Econômica, e de saber que o primeiro presidente do banco, iniciou suas atividades lá como um simples atendente de caixa. Mas essa sou eu.
Bom eu, eu me interesso por Museu de Banco. Porque um banco fala muita da história de um país. E a Caixa Econômica em especial foi criada pelo Dom Pedro II, imagina. Uma idosa! Já viu e acompanhou muita mudança de moeda, governo, tendência econômica...
O Museu da Caixa fica lá no sexto andar do prédio art decó da Caixa Cultural. E é bem parecido com o Bank of England Museum. Só que do Brasil, né? Tem trajetória de layout das cédulas de dindin, história do sistema de poupança e loterias no país, remontagem de salas das primeiras instituições financeiras (lembra um cenário assim meio velho oeste), etecetera.
As pessoas costumam ir na Caixa Cultural por outros motivos: assistir um show, um espetáculo, visitar alguma exposição temporária… Inclusive, no dia em que fui, estavam rolando três exposições, mas nada que eu tenha considerado marcante. Eu gostei mesmo de ver a foto da primeira clienta da Caixa Econômica, e de saber que o primeiro presidente do banco, iniciou suas atividades lá como um simples atendente de caixa. Mas essa sou eu.
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
Made by… feito por brasileiros!
Esse é o nome da exposição, que, na verdade, não foi feita por brasileiros. Feito por brasileiros foi o prédio da exposição, o antigo Hospital Matarazzo. Quer dizer, na verdade, o prédio foi "feito" por (e para) imigrantes italianos. E, quem organiza a exposição são empresários franceses. Resumindo, eu não sei o porquê do nome da exposição, tá?
Mas isso também nem interessa muito (né?). O que interessa é que a idéia foi fantástica. Pegar num imóvel antigão, tradicional da cidade, completamente abandonado, pouco antes de ser completamente remodelado, e ocupar todas as suas salas com arte para o público todo ver.
Agora imagina que ninguém fez uma faxininha antes de começar a ocupação. O prédio tá lá, jogado às traças há ages, e ninguém pensou em jogar uma águinha no chão, passar um limpol, um lustra-móveis, um mister muscle. E foi de propósito, pra ficar mais artístico. Pois, eu vos digo: ficou total filme de terror!
O que, na minha opinião, deixa tudo ainda mais legal.
Cada sala, quer dizer, cada pedaço do prédio foi ocupado por um artista diferente. Têm todo tipo de arte. Das ??? até as !!!. Vale a pena, é de grátis, não faz fila e vai até o dia das crianças.
Mas isso também nem interessa muito (né?). O que interessa é que a idéia foi fantástica. Pegar num imóvel antigão, tradicional da cidade, completamente abandonado, pouco antes de ser completamente remodelado, e ocupar todas as suas salas com arte para o público todo ver.
Agora imagina que ninguém fez uma faxininha antes de começar a ocupação. O prédio tá lá, jogado às traças há ages, e ninguém pensou em jogar uma águinha no chão, passar um limpol, um lustra-móveis, um mister muscle. E foi de propósito, pra ficar mais artístico. Pois, eu vos digo: ficou total filme de terror!
O que, na minha opinião, deixa tudo ainda mais legal.
Cada sala, quer dizer, cada pedaço do prédio foi ocupado por um artista diferente. Têm todo tipo de arte. Das ??? até as !!!. Vale a pena, é de grátis, não faz fila e vai até o dia das crianças.
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
Mais um Kit Presente Homemade
Nem mostrei o último kit presente que eu fiz, né? O presenteado foi o Frávio, que é meu amigo desde muuuuuito tempo. Desde antes até dele ser famoso. Desde antes da existência dos nossos brogs.
O legal dessa caixinha é que tem várias camadas.
A primeira faz tchan!
A segunda faz tchun!
E a terceira faz tchan-tchan-tchan-tchan!
O tema da caixinha foi "Breakfast of Champions". Mas podia ter sido "comece o dia zureta!". De um lado tem o Mochacchino Mix com receitinha que leva wiskhy, uma caneca personalizada, a minha já tradicional "manteiga de amendoim homemade" e umas bolachinhas de chocolate (em cima de tudo). Do outro lado tem o "Kit Batida de Paçoca" com paçoquinha Amor, garrafinha de vodka, de cachaça, e por baixo de tudo, umas forminhas de gelo personalizadas.
Curtiu?
domingo, 24 de agosto de 2014
A Ópera da Lua
Desfibrilador! Desfibrilador! Essa sou eu ressuscitando o blog.
E é por um bom motivo: Finalmente, consegui entrar na exposição d'OSGEMEOS! Yeyyyy!
Mas por que tanta comemoração? Por que? Te esclareço o porquê. Porque eu trabalho em horário integral, feito "um tantão de gente assim, ó" em São Paulo. E, por isso, pra entrar na exposição - aonde, inclusive, passei menos de 30 minutos - tive que enfrentar uma fila homérica, dessas de final de semana. Sério, eu não tô brincando, a fila era homérica. Virava o quarteirão. Pra ser mais explícita, passei mais de três horas na fila. Mais-de-3-hooooooras!
E valeu a pena? Olha, foi bem legal. Mas nada, nada nessa vida justifica três horas de fila. Nem Brinquedo da Disney, nem visita do Papa, nem Robin Williams ressuscitado. Na-da! Bom, Robin Williams talvez.
A arte d'OSGEMEOS é mega original... surrealista brejeira, eu diria, e ao mesmo tempo, o máximo do trend. Super atual, repleta de detalhes, forrada de padronagens, cores e até brilhos. A exposição Ópera da Lua foi toda ambientada, com sons e texturas. Além dos murais pintados (que de origem, OSGEMEOS são grafiteiros), haviam ainda instalações e esculturas. Tudo completamente elaborado numa tentativa de traduzir sentidos e sentimentos singelos.
Não sei se você sabe, mas OSGEMEOS (paulista-paulistanos) são fenômeno, influência e até já fizeram instalação no Tate Modern lá de London.
E é por um bom motivo: Finalmente, consegui entrar na exposição d'OSGEMEOS! Yeyyyy!
Mas por que tanta comemoração? Por que? Te esclareço o porquê. Porque eu trabalho em horário integral, feito "um tantão de gente assim, ó" em São Paulo. E, por isso, pra entrar na exposição - aonde, inclusive, passei menos de 30 minutos - tive que enfrentar uma fila homérica, dessas de final de semana. Sério, eu não tô brincando, a fila era homérica. Virava o quarteirão. Pra ser mais explícita, passei mais de três horas na fila. Mais-de-3-hooooooras!
E valeu a pena? Olha, foi bem legal. Mas nada, nada nessa vida justifica três horas de fila. Nem Brinquedo da Disney, nem visita do Papa, nem Robin Williams ressuscitado. Na-da! Bom, Robin Williams talvez.
A arte d'OSGEMEOS é mega original... surrealista brejeira, eu diria, e ao mesmo tempo, o máximo do trend. Super atual, repleta de detalhes, forrada de padronagens, cores e até brilhos. A exposição Ópera da Lua foi toda ambientada, com sons e texturas. Além dos murais pintados (que de origem, OSGEMEOS são grafiteiros), haviam ainda instalações e esculturas. Tudo completamente elaborado numa tentativa de traduzir sentidos e sentimentos singelos.
Não sei se você sabe, mas OSGEMEOS (paulista-paulistanos) são fenômeno, influência e até já fizeram instalação no Tate Modern lá de London.
quarta-feira, 23 de julho de 2014
Transarquitetônica no MAC
Dia desses, seguindo sugestão da Camila, fui conhecer o novo prédio do MAC - Museu de Arte Contemporânea da USP, que foi inaugurado ano passado ali pelas redondezas do Parque Ibirapuera.
Eu nunca tinha ouvido falar, nem sabia que existia… e ADOREI! Uma exposição mais legal que a outra, e são uns 8 andares de exposição. Passeio pruma tarde inteira! Tudo muito moderninho. Pra quem não gosta de museu clássico, esse é o lugar. Achei, inclusive, comparável a Saatchi Galery.
A exposição, na verdade, a instalação que a Camila havia indicado, foi realmente a mais impressionante: chama-se Transarquitetônica. É tipo… UAU!
Existem duas formas de visualizar. Por dentro e por fora. Quer dizer, por fora, você visualiza, por dentro, você vivencia. É uma experiência! Porque o ambiente vai mudando, a medida que você vai entrando nele. Começa com uma estrutura de paredes brancas, limpas, concretas… e vai se descontruindo, passando pelo pau a pique, pela madeira… até que a estrutura em madeira vai ficando cada vez mais rústica, e os espaços ficam mais estreitos. Você se sente num labirinto. Até que enxerga o final. E o que encontra quando sai? As raízes (ou galhos?) de uma árvore. Como se você tivesse passado o tempo todo dentro da árvore. Entendeu?
Por fora, vendo de cima, você percebe a transformação na estrutura mais claramente. É uma metáfora, sabe? Não? É melhor ir visitar então.
Eu nunca tinha ouvido falar, nem sabia que existia… e ADOREI! Uma exposição mais legal que a outra, e são uns 8 andares de exposição. Passeio pruma tarde inteira! Tudo muito moderninho. Pra quem não gosta de museu clássico, esse é o lugar. Achei, inclusive, comparável a Saatchi Galery.
A exposição, na verdade, a instalação que a Camila havia indicado, foi realmente a mais impressionante: chama-se Transarquitetônica. É tipo… UAU!
Existem duas formas de visualizar. Por dentro e por fora. Quer dizer, por fora, você visualiza, por dentro, você vivencia. É uma experiência! Porque o ambiente vai mudando, a medida que você vai entrando nele. Começa com uma estrutura de paredes brancas, limpas, concretas… e vai se descontruindo, passando pelo pau a pique, pela madeira… até que a estrutura em madeira vai ficando cada vez mais rústica, e os espaços ficam mais estreitos. Você se sente num labirinto. Até que enxerga o final. E o que encontra quando sai? As raízes (ou galhos?) de uma árvore. Como se você tivesse passado o tempo todo dentro da árvore. Entendeu?
Por fora, vendo de cima, você percebe a transformação na estrutura mais claramente. É uma metáfora, sabe? Não? É melhor ir visitar então.
domingo, 6 de julho de 2014
Mais um kit presente
Ando tão arteira! Fiz mais um kit presente. Repara.
Caixinha composta por manteiga de amendoim (feita por mim, seguindo essa receita aqui), geléia de manga com pimenta (também fiz, receita aqui), uma caixinha com paçoquinhas AMOR e uma velinha com essência de canela.
Foi presente de casamento pra esse casal com quem praticamente dividíamos apartamento em Londres (por isso os rótulos em inglês). Como não pude ir ao casamento, quis mandar muito amor do Brasil!
Foi presente de casamento pra esse casal com quem praticamente dividíamos apartamento em Londres (por isso os rótulos em inglês). Como não pude ir ao casamento, quis mandar muito amor do Brasil!
quinta-feira, 3 de julho de 2014
Obsessão Infinita
A minha obsessão infinita é comida. Mais precisamente carboidratos. Mais precisamente pão de queijo. Mais precisamente pão de queijo com brigadeiro. Essa é a minha obsessão infinita.
Mas não é de mim que vamos falar neste post, é da donayaya Yayoi Kusama, cuja obsessão infinita são bolinhas.
Demorou preu tomar coragem de enfrentar a fila homérica de duas horas que vêm insistindo em se formar do lado de fora do Tommie Otahke (aonde acontece a exposição). Mas tanto se falava no assunto que resolvi encarar, e lá dentro, descobri seus motivos.
Motivo 1: As instalações produzidas pela Dona Yaya são divertidíssimas! Adjetivo estranho pra obras de arte, mas, na minha modesta opinião, é o mais apropriado. Muitas bolinhas, sempre bolinhas, das formas e nos lugares mais inusitados. Pra você ter uma ideia, na época que Yaya era amiga de Andy Warhol, lá em NY, costumava promover orgias (não sei se reais ou apenas marketeiras) aonde pintava os corpos dos amigos todinhos de bolinhas. Na exposição não tem gente pintada. Tem sala com bolinhas, tem falos com bolinhas, tem super bolonas, e a minha parte preferida: infinitas bolinhas luminosas. As bolinhas da Dona Yaya são fruto da sua esquizofrenia, que surgiu na adolescência. E, apesar da situação clínica, ela é artista, escritora e empresária mega produtiva. Hoje em dia mora num asilo no Japão, aonde se auto internou, mas produz num estúdio ali em frente usando um penteadinho a lá Rita Lee.
Motivo 2: Metade da fila homérica é de pessoas interessadas na exposição, a outra metade é de gente querendo fazer selfie em cenário badalado. Independente do motivo, lá estando, todo mundo faz selfie. Eu própria sou adepta do selfie. Eu faço, curto e posto. Mas não entendo gente que enfrenta duas horas de fila única e exclusivamente para fazer o selfie. Estou falando de grupos de adolescente que ficam se acotovelando nas instalações pra ver quem clica o melhor smize, e que só vai reparar que esteve num evento artístico depois, quando estiver olhando o fundo das fotos. Isso eu não entendo. E detalhe, além da fila de duas horas do lado de fora, para cada instalação, lá dentro, forma-se outra fila, não necessariamente mais rápida que a anterior. Estilo Disney, sabe? É muita vontade de fazer selfie. Beirando o exagero.
Intaum tá. Até dia 27 de julho tem Yaya no Tommie Otahke. Recomendo, sejam quais forem seus motivos.
Mas não é de mim que vamos falar neste post, é da dona
Demorou preu tomar coragem de enfrentar a fila homérica de duas horas que vêm insistindo em se formar do lado de fora do Tommie Otahke (aonde acontece a exposição). Mas tanto se falava no assunto que resolvi encarar, e lá dentro, descobri seus motivos.
Motivo 1: As instalações produzidas pela Dona Yaya são divertidíssimas! Adjetivo estranho pra obras de arte, mas, na minha modesta opinião, é o mais apropriado. Muitas bolinhas, sempre bolinhas, das formas e nos lugares mais inusitados. Pra você ter uma ideia, na época que Yaya era amiga de Andy Warhol, lá em NY, costumava promover orgias (não sei se reais ou apenas marketeiras) aonde pintava os corpos dos amigos todinhos de bolinhas. Na exposição não tem gente pintada. Tem sala com bolinhas, tem falos com bolinhas, tem super bolonas, e a minha parte preferida: infinitas bolinhas luminosas. As bolinhas da Dona Yaya são fruto da sua esquizofrenia, que surgiu na adolescência. E, apesar da situação clínica, ela é artista, escritora e empresária mega produtiva. Hoje em dia mora num asilo no Japão, aonde se auto internou, mas produz num estúdio ali em frente usando um penteadinho a lá Rita Lee.
Motivo 2: Metade da fila homérica é de pessoas interessadas na exposição, a outra metade é de gente querendo fazer selfie em cenário badalado. Independente do motivo, lá estando, todo mundo faz selfie. Eu própria sou adepta do selfie. Eu faço, curto e posto. Mas não entendo gente que enfrenta duas horas de fila única e exclusivamente para fazer o selfie. Estou falando de grupos de adolescente que ficam se acotovelando nas instalações pra ver quem clica o melhor smize, e que só vai reparar que esteve num evento artístico depois, quando estiver olhando o fundo das fotos. Isso eu não entendo. E detalhe, além da fila de duas horas do lado de fora, para cada instalação, lá dentro, forma-se outra fila, não necessariamente mais rápida que a anterior. Estilo Disney, sabe? É muita vontade de fazer selfie. Beirando o exagero.
Intaum tá. Até dia 27 de julho tem Yaya no Tommie Otahke. Recomendo, sejam quais forem seus motivos.
sexta-feira, 27 de junho de 2014
Um só coração
Não, esse post não é sobre a Copa. Mas meio que é.
Esse post é sobre aquele sentimento que todo brasileiro adquire durante a Copa, qualquer Copa... até nessa, a Copa do #imagina. Ahãn… tô generalizando. Mas é que eu costumo ser descrente quanto a existência do brasileiro sem o mínimo de comoção futebolística. Até sei de rarissississímas exceções, dessas que preferem assistir Netflix enquanto todas as vuvuzelas do prédio tocam, mas acho que deve ser difícil ignorar toda a vibe ao redor (sem falar do barulho).
De qualquer forma, repito, esse post não é sobre a Copa. É sobre uma peça de teatro, chamada "Um só coração", que trata do "ser humano brasileiro"na Copa. Neste contexto, vários aspectos bem nossos viram temática: jeitinho brasileiro, culturas diversas, povo que ri á toa, que se manifesta (mesmo sem saber como ou porquê(s)), que assiste sempre o mesmo horário eleitoral gratuito, que faz selfie, reclama no facebook, leva bala de borracha… todas essas questões das quais a gente ou se orgulha ou se envergonha.
Mas é comédia? Sim e não. Então é drama? Sim e não. É musical? Sim e não. Basicamente, a peça é sobre o sentimento de SER BRASILEIRO, ou seja, uma grande mistura.
Infelizmente cheguei tarde (apesar de ter assistido a peça duas vezes, durante os ensaios e agora em cartaz), porque só vai ter mais uma exibição. Há quem interessar possa:
Peça: Um só coração da Cia Dom Caixote, em cartaz dia 03/07 às 21h no Espaço Parlapatões, Praça Roosevelt ,158. Moito recomendo!
Esse post é sobre aquele sentimento que todo brasileiro adquire durante a Copa, qualquer Copa... até nessa, a Copa do #imagina. Ahãn… tô generalizando. Mas é que eu costumo ser descrente quanto a existência do brasileiro sem o mínimo de comoção futebolística. Até sei de rarissississímas exceções, dessas que preferem assistir Netflix enquanto todas as vuvuzelas do prédio tocam, mas acho que deve ser difícil ignorar toda a vibe ao redor (sem falar do barulho).
De qualquer forma, repito, esse post não é sobre a Copa. É sobre uma peça de teatro, chamada "Um só coração", que trata do "ser humano brasileiro"na Copa. Neste contexto, vários aspectos bem nossos viram temática: jeitinho brasileiro, culturas diversas, povo que ri á toa, que se manifesta (mesmo sem saber como ou porquê(s)), que assiste sempre o mesmo horário eleitoral gratuito, que faz selfie, reclama no facebook, leva bala de borracha… todas essas questões das quais a gente ou se orgulha ou se envergonha.
Mas é comédia? Sim e não. Então é drama? Sim e não. É musical? Sim e não. Basicamente, a peça é sobre o sentimento de SER BRASILEIRO, ou seja, uma grande mistura.
Infelizmente cheguei tarde (apesar de ter assistido a peça duas vezes, durante os ensaios e agora em cartaz), porque só vai ter mais uma exibição. Há quem interessar possa:
Peça: Um só coração da Cia Dom Caixote, em cartaz dia 03/07 às 21h no Espaço Parlapatões, Praça Roosevelt ,158. Moito recomendo!
segunda-feira, 9 de junho de 2014
Festa Junina no Museu da Casa Brasileira
Neste domingo fui a festa junina do Museu da Casa Brasileira. Que, né? Nem parecia uma festa junina. De tão organizadinha.
Eu sou do tempo em que festa junina era uma cena bem roots, sabe? Toda cheia de barraquinhas recheadas com os bolos das tias, quadrilhas mal ensaiadas com músicas tradicionais, sacolinha de prendas cheia de brinquedinhos plásticos do R$1,99 (quando nem existia R$1,99)… Saudades daquela época em que tudo o que eu queria era pescar um peixinho da barraca da pescaria…
Mas eu não estou falando mal da festinha do MCB, tá? Que tava bem bonitinha, bem organizadinha, e não fossem os animadores pentelhos gritando mais alto que pensamento lá do palco, teria sido um programinha bem feitinho pro domingo. É que eu não suporto gritaria no palco! Quando começaram a tocar só uns forrózinhos instrumentais ficou bem mais agradável.
A verdade é que eu estou velha pra essas coisas… fica feio ir brincar na pescaria, eu não tenho mais o que fazer com uma prenda Barbie paraguaia, até correio elegante perdeu seu apelo.
Mas não vou desistir, e até final deste junho, prometo, vou reconquistar meu espírito caipira numa festa bem tradicional! Porque o balão vai subindo e vai caindo a garoa, o céu é tão lindo e a noite é tão boa! Tenho dito!
É nisso que dá escrever post segunda feira de manhã… fica registrado todo um mau humor.
Eu sou do tempo em que festa junina era uma cena bem roots, sabe? Toda cheia de barraquinhas recheadas com os bolos das tias, quadrilhas mal ensaiadas com músicas tradicionais, sacolinha de prendas cheia de brinquedinhos plásticos do R$1,99 (quando nem existia R$1,99)… Saudades daquela época em que tudo o que eu queria era pescar um peixinho da barraca da pescaria…
Mas eu não estou falando mal da festinha do MCB, tá? Que tava bem bonitinha, bem organizadinha, e não fossem os animadores pentelhos gritando mais alto que pensamento lá do palco, teria sido um programinha bem feitinho pro domingo. É que eu não suporto gritaria no palco! Quando começaram a tocar só uns forrózinhos instrumentais ficou bem mais agradável.
Mas não vou desistir, e até final deste junho, prometo, vou reconquistar meu espírito caipira numa festa bem tradicional! Porque o balão vai subindo e vai caindo a garoa, o céu é tão lindo e a noite é tão boa! Tenho dito!
É nisso que dá escrever post segunda feira de manhã… fica registrado todo um mau humor.
domingo, 8 de junho de 2014
Kit Flash Gordon
Neste final de semana, eu e marido comemoramos nosso primeiro ano de casados. Mas já? É, caro leitor… estamos envelhecendo. Tá tudo registradinho nesse post aqui, ó.
Pois eu resolvi que era data pra presente, e pra presente elaborado, por isso criei o Kit Flash Gordon. Quem??? Flash Gordon começou como herói de quadrinhos, e digievoluiu para séries, filmes e desenhos animados. O ídolo do meu marido é o do filme, bem tosco por sinal, produzido no início dos anos 80 (link para trailler). Marido assistiu muito quando criança… pra ele é um clássico. Ouso dizer que Flash Gordon devia estar para as crianças portuguesas, assim como os Goonies estavam para a maioria de nós. Já torturamos um ao outro obrigando-nos a assistir. E vira e mexe, ele coloca a trilha, elaborada pelos Queen, para tocar.
Da trilha constam quotes do filme em si, e foi daí que tirei a idéia. Portanto, agora vos apresento, o Kit Flash Gordon!
1. "No! Not the bore warms!" Nesse saquinho estão minhocas de gominha. Como no filme ninguém descobre o que são as tais bore warms (obviamente instrumentos de tortura), eu realizei que essa seria uma boa forma de ilustrar. Vermes!
2. "Death to Ming!" Ming é o grande vilão. Na caixinha "Death to Ming" tem um canivete suíço, que, né? É pra matar o Ming.
3. "Gordon's Alive!" Frase de um dos personagens mais icônicos do filme, não podia faltar. Gravei na caneca junto com um desenhinho (que achei googlando, não é de minha autoria, me avisa se for sua que registro aqui).
4. "Flash Gordon. Quaterback. New York Jets." Frase de apresentação do Gordon. Achei que caía bem em uma camiseta.
Na caixa do kit em si está gravada a frase "Flash! a-ah! Savior of the Universe!", que é refrão da música tema do filme, e por isso está quotada como "Fred Mercury's quote". Daí saiu a brincadeira da tag, quotada como "Thais Miguele's quote". Todas as demais frases também estão quotadas. E eu nem sei se a palavra "quotada" existe, mas estou usando mesmo assim.
Com exceção do desenho do Prince Vultan todas as outras artes são minhas. Me diverti num grau elaborando, que acho que o presente foi mais pra mim que pra ele! Até porque a nerd da relação sou eu.
Presentes a parte, o que eu quero mesmo, é muitos muitos mais anos juntinhos!
Pois eu resolvi que era data pra presente, e pra presente elaborado, por isso criei o Kit Flash Gordon. Quem??? Flash Gordon começou como herói de quadrinhos, e digievoluiu para séries, filmes e desenhos animados. O ídolo do meu marido é o do filme, bem tosco por sinal, produzido no início dos anos 80 (link para trailler). Marido assistiu muito quando criança… pra ele é um clássico. Ouso dizer que Flash Gordon devia estar para as crianças portuguesas, assim como os Goonies estavam para a maioria de nós. Já torturamos um ao outro obrigando-nos a assistir. E vira e mexe, ele coloca a trilha, elaborada pelos Queen, para tocar.
Da trilha constam quotes do filme em si, e foi daí que tirei a idéia. Portanto, agora vos apresento, o Kit Flash Gordon!
1. "No! Not the bore warms!" Nesse saquinho estão minhocas de gominha. Como no filme ninguém descobre o que são as tais bore warms (obviamente instrumentos de tortura), eu realizei que essa seria uma boa forma de ilustrar. Vermes!
2. "Death to Ming!" Ming é o grande vilão. Na caixinha "Death to Ming" tem um canivete suíço, que, né? É pra matar o Ming.
3. "Gordon's Alive!" Frase de um dos personagens mais icônicos do filme, não podia faltar. Gravei na caneca junto com um desenhinho (que achei googlando, não é de minha autoria, me avisa se for sua que registro aqui).
4. "Flash Gordon. Quaterback. New York Jets." Frase de apresentação do Gordon. Achei que caía bem em uma camiseta.
Na caixa do kit em si está gravada a frase "Flash! a-ah! Savior of the Universe!", que é refrão da música tema do filme, e por isso está quotada como "Fred Mercury's quote". Daí saiu a brincadeira da tag, quotada como "Thais Miguele's quote". Todas as demais frases também estão quotadas. E eu nem sei se a palavra "quotada" existe, mas estou usando mesmo assim.
Com exceção do desenho do Prince Vultan todas as outras artes são minhas. Me diverti num grau elaborando, que acho que o presente foi mais pra mim que pra ele! Até porque a nerd da relação sou eu.
Presentes a parte, o que eu quero mesmo, é muitos muitos mais anos juntinhos!
segunda-feira, 2 de junho de 2014
Sindrome do Regresso
Acho que eu tô sofrendo disso!
Tá, não exageremos. Eu não tô frustrada, depressiva, nem querendo ir embora. Na verdade, eu tô adorando retornar para São Paulo. Estou lidando muito bem com isso, e acho que os motivos são dois:
1. Faz mais de 15 anos que saí de São Paulo pela primeira vez, e nesse interim mudei de países, estados e cidades várias vezes. Tudo no plural. Acho que já tive a minha cota de traumas por mudanças. Hoje em dia, eu não tenho traumas. Eu tenho um vício. Vício de mudar. Estar sempre explorando novos ares. E é exatamente isso que estou fazendo em São Paulo agora. Explorando como se nunca tivesse sido moradora antes. Como se não tivesse nascido aqui. E convenhamos, a cidade mudou tanto que agora só tenho assim um leve deja vu vez em quando. Até o sotaque da cidade mudou. Eu sou do tempo que só os "mano" se chamavam de "mano".
2. Eu fiz escala de moradia em Londres antes de voltar pro Brasil. Se tivesse vindo direto de Angola, daí o sentimento seria bem pior. Mas como assim? Angola não é um país praticamente estrutura zero, o oposto completo de Londres? Você não deveria estar sentindo falta da pontualidade inglesa ao invés do trânsito angolano? Sim, caro leitor, mas não estou. Porque em Angola eu tinha minha família de amigos, sabe como é? Um bando de expatriados se apegando uns aos outros como irmãos. E vivendo intensamente todos os momentos, que sabíamos, um dia acabariam. Em Londres não deu tempo de nada disso. Nem de fazer amizade, nem de criar laços, nem de ter lembranças de porres memoráveis cazamiga...
Em resumo, é disso que estou sentindo falta. DOS AMIGOS. Antes que alguém se ofenda, vou logo explicando: claro que tenho pessoas muito queridas aqui na cidade. Meus primos, meus tios, minha melhor amiga do ginásio por exemplo, amo todos. Mas eles estão quase há uma Zona de distância. E as distâncias em São Paulo, ui, não são bolinho. Tem também o povo do trabalho, mas, como reclamar do povo do trabalho para o povo do trabalho? Sendo demitida em 3, 2, 1...
Não, sério, o ruim de chegar assim em uma cidade que tem tudo (universidades, empregos e oportunidades) é que muita gente nem saiu daqui. Então que todo mundo passou uma vida inteira no mesmo lugar formando suas turminhas, geralmente por afinidade, acaso do destino. Não é por mal que você não se encaixa nas tchurminhas. É por falta de costume. Afinal, como de repente se tornar uma dazamiga? Dessas que vêm com coleções de piadas internas? De fofocas infinitas? De noites acordadas? Não dá, não rola. Leva tempo. E em São Paulo falta tempo. Falta disponibilidade... e eu super entendo.
Eu sei que vai chegar o dia em que eu vou ler isso aqui, dar risada e ligar prazamiga. Espero que este dia chegue ontem!
"...Algo que passou a ser observado, é que muitos brasileiros que deixaram o país, ao retornarem, estão sofrendo de depressão, crises de pânico e falta de estímulo. É a chamada Síndrome do Regresso..."
Tá, não exageremos. Eu não tô frustrada, depressiva, nem querendo ir embora. Na verdade, eu tô adorando retornar para São Paulo. Estou lidando muito bem com isso, e acho que os motivos são dois:
1. Faz mais de 15 anos que saí de São Paulo pela primeira vez, e nesse interim mudei de países, estados e cidades várias vezes. Tudo no plural. Acho que já tive a minha cota de traumas por mudanças. Hoje em dia, eu não tenho traumas. Eu tenho um vício. Vício de mudar. Estar sempre explorando novos ares. E é exatamente isso que estou fazendo em São Paulo agora. Explorando como se nunca tivesse sido moradora antes. Como se não tivesse nascido aqui. E convenhamos, a cidade mudou tanto que agora só tenho assim um leve deja vu vez em quando. Até o sotaque da cidade mudou. Eu sou do tempo que só os "mano" se chamavam de "mano".
2. Eu fiz escala de moradia em Londres antes de voltar pro Brasil. Se tivesse vindo direto de Angola, daí o sentimento seria bem pior. Mas como assim? Angola não é um país praticamente estrutura zero, o oposto completo de Londres? Você não deveria estar sentindo falta da pontualidade inglesa ao invés do trânsito angolano? Sim, caro leitor, mas não estou. Porque em Angola eu tinha minha família de amigos, sabe como é? Um bando de expatriados se apegando uns aos outros como irmãos. E vivendo intensamente todos os momentos, que sabíamos, um dia acabariam. Em Londres não deu tempo de nada disso. Nem de fazer amizade, nem de criar laços, nem de ter lembranças de porres memoráveis cazamiga...
Em resumo, é disso que estou sentindo falta. DOS AMIGOS. Antes que alguém se ofenda, vou logo explicando: claro que tenho pessoas muito queridas aqui na cidade. Meus primos, meus tios, minha melhor amiga do ginásio por exemplo, amo todos. Mas eles estão quase há uma Zona de distância. E as distâncias em São Paulo, ui, não são bolinho. Tem também o povo do trabalho, mas, como reclamar do povo do trabalho para o povo do trabalho? Sendo demitida em 3, 2, 1...
Não, sério, o ruim de chegar assim em uma cidade que tem tudo (universidades, empregos e oportunidades) é que muita gente nem saiu daqui. Então que todo mundo passou uma vida inteira no mesmo lugar formando suas turminhas, geralmente por afinidade, acaso do destino. Não é por mal que você não se encaixa nas tchurminhas. É por falta de costume. Afinal, como de repente se tornar uma dazamiga? Dessas que vêm com coleções de piadas internas? De fofocas infinitas? De noites acordadas? Não dá, não rola. Leva tempo. E em São Paulo falta tempo. Falta disponibilidade... e eu super entendo.
Eu sei que vai chegar o dia em que eu vou ler isso aqui, dar risada e ligar prazamiga. Espero que este dia chegue ontem!
terça-feira, 27 de maio de 2014
Virada Cultural. Meio que fui!
Não, não tenho nada de novo pra contar. Tá friozim, tá chovendo... a última foto do meu instagrão é de uma sopa... que eu mesma fiz, na minha própria casa. Podia ser pior, podia ser miojo.
Eu posso contar o que fiz no ooooutro final de semana. No retrasado, pode ser? O final da semana da Virada Cultural paulistana.
Não, eu não participei ativamente da Virada Cultural paulistana, porque, apesar de já ter ido em festinha no Morro do Vidigal, tive medo do Vale do Anhagabaú nas madrugadas. Por isso, pra não deixar passar em branco, fui ao show do Karnak aqui no SESC Consolação.
Ain, foi tão legal! Eu nem super curto Karnak. Quer dizer, admiro o André Abujamra desda época da finada MTV, mas não conhecia exatamente músicas da banda, com exceção de "Alma não tem cor", que não é do Zeca Baleiro. Mas o show é muito legal, porque eles interagem o tempo todo com o público, fazem caras e bocas, e as músicas são cantáveis, dançantes. O saxofonista é show! Os músicos são de verdade.
Além disso, a estrutura do SESC estava muito legal. O tema nesta parte que eu fui era circo, tipo dos vintage, então tinha gêmeas siamesas, malabares, povo se equilibrando naquelas bicicletinhas de uma roda só... todos maquiados, só que não de palhaço tosco. Estava tudo muito bem organizado, o show foi mara e de grátis, ninguém se acotovelava. O que mais uma pessoa pode querer prum sábado a noite?
Sabia que o André Abujamra foi o responsável pela trilha de abertura do bum-bum-bum Castelo Rá Tim Bum?
Eu posso contar o que fiz no ooooutro final de semana. No retrasado, pode ser? O final da semana da Virada Cultural paulistana.
Não, eu não participei ativamente da Virada Cultural paulistana, porque, apesar de já ter ido em festinha no Morro do Vidigal, tive medo do Vale do Anhagabaú nas madrugadas. Por isso, pra não deixar passar em branco, fui ao show do Karnak aqui no SESC Consolação.
Ain, foi tão legal! Eu nem super curto Karnak. Quer dizer, admiro o André Abujamra desda época da finada MTV, mas não conhecia exatamente músicas da banda, com exceção de "Alma não tem cor", que não é do Zeca Baleiro. Mas o show é muito legal, porque eles interagem o tempo todo com o público, fazem caras e bocas, e as músicas são cantáveis, dançantes. O saxofonista é show! Os músicos são de verdade.
Além disso, a estrutura do SESC estava muito legal. O tema nesta parte que eu fui era circo, tipo dos vintage, então tinha gêmeas siamesas, malabares, povo se equilibrando naquelas bicicletinhas de uma roda só... todos maquiados, só que não de palhaço tosco. Estava tudo muito bem organizado, o show foi mara e de grátis, ninguém se acotovelava. O que mais uma pessoa pode querer prum sábado a noite?
Sabia que o André Abujamra foi o responsável pela trilha de abertura do bum-bum-bum Castelo Rá Tim Bum?
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